Aurora Rodrigues, ex-presa política, imprimia clandestinamente convocatórias para o 1.º de Maio de 1974, com o rádio ligado para abafar o barulho da máquina, na noite em que a revolução de Abril poria fim à ditadura.
A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu em Vila Nova de Gaia um “importante acervo documental” que fará parte do espólio da extinta PIDE/DGS, a polícia política do Estado Novo, revelou hoje fonte policial.
A história verídica da mais cruel agente feminina da PIDE, e de uma mulher que resistiu às suas torturas, passou a romance, pelas mãos de Ana Cristina Silva, vencedora do Prémio Fernando Namora, e chegou esta semana às livrarias portuguesas.
A historiadora Irene Flunser Pimentel espera que o livro “O Caso da PIDE/DGS” venha a proporcionar o aparecimento de novos dados sobre os aspetos que marcaram os processos judiciais dos elementos da ex-polícia política portuguesa após 1974.