Em comunicado, a PJ explica que se trata de “documentos relevantes e de um conjunto superior a 700 negativos de clichés fotográficos, aparentemente de fichas biográficas de indivíduos identificados por aquela antiga polícia, classificados pelo nome e respetiva alcunha”.
Para além dos negativos, “integrando resenha datiloscópica [identificação por impressões digitais], constitui ainda o lote um dossiê/inquérito de recolha de informação datilografado e um livro manuscrito de registos de nomes”, acrescenta a polícia.
A apreensão foi efetuada na sequência de uma alerta feito à PJ pelos serviços da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e Bibliotecas (DGLAB), após o material ter sido colocado à venda na internet.
Os documentos, apreendidos a um particular, irão ser agora objeto de perícias forenses para confirmação da sua autenticidade.
Na operação, a PJ envolveu meios das suas diretorias do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo, com a colaboração de própria DGLAB.
A PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) foi a polícia política do Estado Novo entre 1945 e 1969, antecedendo a Direção-Geral de Segurança (DGS), que funcionou até à revolução de 25 de abril de 1974.
De acordo com a Lei 4/91 de 17 de janeiro, o arquivo da extinta PIDE/DGS foi integrado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, pelo que todos os núcleos documentais que integrem tal arquivo e se encontrem dispersos devem ser remetidos ao Arquivo Nacional.
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