A Comissão Europeia indicou hoje que está em contacto com as autoridades nacionais e regionais portuguesas para analisar possíveis apoios, no quadro da Política Agrícola Comum (PAC), para fazer face à seca, que admite ser uma “catástrofe”.
As medidas de restrição impostas no início do mês ao uso de seis barragens para produção de eletricidade e para rega agrícola, devido à seca em Portugal continental, "estão a revelar-se eficazes", afirmou hoje o ministro do Ambiente.
A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS) defendeu hoje a necessidade de “mais apoios” para os pequenos agricultores da Península de Setúbal, que não conseguem suportar os aumentos dos custos de produção e os efeitos da seca.
A falta de chuva antecipa a primavera no hemisfério norte, porque com menor nebulosidade as temperaturas de dia e de noite têm maior amplitude, há mais radiação solar e geadas, confundindo as plantas, que assumem que chegou a primavera.
A falta de água está a gerar preocupação no setor agrícola no Algarve, mas enquanto os ambientalistas exigem limitações ao regadio, sobretudo de abacates, autoridades e produtores apelam à diversificação de reservas e a uma maior eficiência nos consumos.
Os produtores de leite vivem um "momento muito difícil", com "prejuízos incomportáveis", face ao aumento dos custos de produção, situação que pode ainda ser agravada pela seca, apontou a Fenalac, pedindo apoios para o setor.
A Águas do Centro Litoral (AdCL) anunciou hoje que executou furos adicionais para reforço da disponibilidade de água nos subsistemas em que a seca terá maior impacto e esclareceu que se mantêm os níveis de água nas suas captações.
A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) disse hoje, em comunicado, que o abastecimento de água para consumo humano continua com normalidade e segurança, apesar da seca em Portugal continental.
O Governo está a preparar uma linha de crédito à tesouraria e apoio aos custos com a eletricidade no setor agrícola e pecuário para mitigar o impacto da seca, disse Lusa o Ministério da Agricultura.
O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, no norte do distrito de Leiria, disse hoje estar "muito preocupado" com a eventual falta de água para combate a incêndios na sequência da seca que atinge o país.
A seca fez soar as campainhas de alarme no país, mas na serra do Alvão criadores de gado e investigadores já estão juntos num projeto que visa combater e adaptar a pecuária extensiva às alterações climáticas.
O presidente da Comissão Vitivinícola da Região (CVR) do Dão disse hoje à agência Lusa que a falta de chuva pode condicionar a produção para este ano e que só chuva intensa em março poderá mudar as previsões.
O comissário europeu da Agricultura, Janusz Wojciechowski, revelou hoje ter debatido, em Estrasburgo, com os ministros de Portugal e Espanha, a situação de seca em ambos os países e os fundos que Bruxelas pode divulgar para apoiar o setor.
A concessão de ajudas a fundo perdido para construção de charcas ou aquisição de depósitos de água são algumas das medidas que os municípios do Baixo Alentejo vão apresentar ao governo para mitigar os efeitos da seca.
O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) considerou hoje que o país está aflito com a seca, porque toma “sempre” medidas “em cima do joelho” e, por isso, “nunca são suficientes”.
O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Viana do Castelo apelou hoje à reflexão sobre o número “muito preocupante” de fogos e área ardida registada no último mês, alertando que “as alterações climáticas vieram para ficar”.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) recomendou hoje a adoção de medidas de poupança da água na agricultura e anunciou que vai implementar medidas de sensibilização junto da população para o uso racional da água.
O especialista em gestão de água Joaquim Poças Martins disse hoje que “sempre houve e sempre haverá” seca, o “problema é a escassez” e que “é trágico dar as mesmas respostas” quando as coisas mudaram.
A Câmara Municipal do Sabugal, no distrito da Guarda, está a tomar medidas para assegurar o fornecimento de água às explorações pecuárias que venham a ser afetadas pela seca.
A falta de chuva está a impedir o crescimento das pastagens e a ameaçar a sobrevivência de produtores de cabras de raça algarvia, que dizem não poder suportar muito mais o aumento dos custos com a alimentação dos animais.
O mês de janeiro foi o quinto mais quente desde 2000, tendo-se registado a temperatura máxima mais alta dos últimos 90 anos, e foi também o segundo mais seco, segundo dados hoje divulgados.
O vice-presidente da Câmara do Porto afirmou hoje que, apesar da estratégia implementada pelo município permitir o “uso racional e eficiente” de água, está a acompanhar a situação de seca e poderá “tomar medidas” perante a evolução.
Em Montalegre não há memória de um nível tão baixo de água na barragem do Alto Rabagão, um sinal da seca que preocupa autarcas, população e de quem vive dos negócios impulsionados pela albufeira.
As barragens do Vale da Vilariça, a maior zona de regadio do Nordeste Transmontano, estão com menos água devido à seca, que ameaça antecipar a rega se não chover até à floração das árvores de fruto.