“O acompanhamento efetuado pela ERSAR mostra que o abastecimento de água para consumo humano em Portugal continental continua a processar-se com normalidade”, afimou a entidade reguladora, acrescentando que também a “qualidade da água para consumo humano não regista alterações decorrentes da situação de seca”.
A ERSAR disse que, apesar de a seca meteorológica neste inverno vir a suscitar a apreensão dos consumidores, se mantém a qualidade da água para consumo humano.
Além disso, acrescentou, há mecanismos para as entidades gestoras de água lhe comunicarem em tempo real problemas de qualidade da água, assim como às autoridades de saúde, o que permitirá “determinar, quando necessário, medidas a adotar pelas entidades gestoras para a regularização da qualidade da água”.
Ainda segundo a ERSAR, as entidades gestoras eventualmente mais sujeitas a problemas de falta de água devido à seca hidrológica “têm já prevista a adoção de planos de contingência com medidas que visam assegurar o fornecimento de água à população com elevada qualidade, mesmo em situações de seca”.
A ERSAR explica também os seus procedimentos para lidar com efeitos de uma situação de seca: acompanhamento dos planos a longo prazo das entidades gestoras; medidas de prevenção e promoção de boas práticas na gestão da do ciclo urbano da água; recomendações e procedimentos a adotar às entidades gestoras dos serviços de abastecimento público de água; participação na elaboração de planos de prevenção nacionais.
Quanto à eficiência hídrica, a ERSAR propõe que sejam identificadas as melhores soluções através do “diálogo eficaz com todos os agentes a nível local, regional e nacional, envolvendo sempre os utilizadores e os consumidores em geral”.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em janeiro, “verificou-se um agravamento muito significativo da situação de seca meteorológica, com um aumento da área e da intensidade, estando no final do mês todo o território em seca, com 1% em seca fraca, 54% em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema”.
Ainda de acordo com o IPMA, em relação à precipitação, janeiro de 2022 foi o sexto mais seco desde 1931 e o segundo mais seco desde 2000.
O Governo restringiu o uso de várias barragens para produção de eletricidade e para rega agrícola devido à seca em Portugal continental.
Para já, há quatro barragens cuja água só será usada para produzir eletricidade cerca de duas horas por semana, garantindo valores mínimos para a manutenção do sistema: Alto Lindoso e Touvedo, no distrito de Viana do Castelo, Cabril (Castelo Branco/Leiria) e Castelo de Bode (Santarém).
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