Um protesto de trabalhadores da TAP, contra o plano de reestruturação da empresa, está marcado para quarta-feira, às 12:00, em frente à Assembleia da República, confirmaram à Lusa funcionários da transportadora aérea nacional.
O Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) entregou uma providência cautelar a exigir que lhe seja prestada informação sobre o plano de reestruturação da TAP, nomeadamente os fundamentos para o despedimento de 500 destes profissionais.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) anunciou hoje que vai pedir audiências urgentes com todos os partidos e deputados não inscritos com assento parlamentar para apresentar alternativas à reestruturação da TAP “com menores custos sociais”.
A companhia aérea TAP recebeu, até ao final de setembro, 582,4 milhões de euros provenientes do Estado português, no âmbito do acordo para o auxílio à empresa iniciado em junho, de acordo com os resultados da empresa hoje divulgados.
A companhia aérea TAP prevê a redução de operação entre 60% a 70% no período de inverno 2020/2021 face ao ano passado, de acordo com o comunicado dos resultados da TAP S.A. hoje conhecidos.
Os custos com pessoal da TAP, S.A. diminuíram 39,1% até setembro face ao mesmo período de 2019, correspondendo a 200 milhões de euros, tendo 729 trabalhadores com contratos a termo saído da empresa, segundo os resultados hoje divulgados.
A companhia aérea TAP agravou os prejuízos nos primeiros nove meses do ano para 700,6 milhões de euros, depois do prejuízo de 110,8 milhões de euros no mesmo período de 2019, foi hoje comunicado ao mercado.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP) considerou hoje que o plano de reestruturação da TAP “utiliza a mesma receita” daquela aplicada ao país nos “tempos do resgate financeiro”.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) criticou hoje a “forma irresponsável” como a administração e Comissão Executiva da TAP têm falado sobre despedimentos e diz que os números avançados são “estapafúrdios, provocatórios e irrealistas”.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) considera que as medidas laborais do plano de reestruturação da TAP são “absolutamente dramáticas”, após uma reunião com a administração da empresa.
O plano de reestruturação da TAP prevê o despedimento de 500 pilotos e a redução em 25% dos seus salários, segundo a informação divulgada hoje pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) após reunião com a administração.
A TAP vai propor aos trabalhadores um pacote de medidas voluntárias, que incluirá rescisões por mútuo acordo, licenças não remuneradas de longo prazo e trabalho a tempo parcial, e admite cortes salariais transversais e despedimentos.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) disse hoje que já se perderam 3.000 postos de trabalho nas quatro empresas do grupo TAP, pela não renovação de contratos a termo e cancelamento de contratos temporários.
A TAP prevê operar cerca de 30% da sua capacidade em novembro e dezembro e reforçou as rotas com maior procura no Natal e Ano Novo, mas a operação fica “muito aquém” da anterior à pandemia, foi hoje divulgado.
Uma plataforma de sete sindicatos, que hoje se reuniu com a TAP, criticou a falta de informação sobre o plano de reestruturação da companhia aérea, classificando esta questão de “inacreditável”, segundo um comunicado.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) exigiu hoje que a Comissão Executiva da TAP informe sobre as negociações no âmbito do plano de reestruturação, depois de uma reunião que considerou um “monólogo” dos representantes da companhia.
A administração da TAP mantém hoje e sexta-feira um conjunto de reuniões técnicas com a Comissão de Trabalhadores e os sindicatos, sobre o plano de reestruturação da companhia aérea a apresentar a Bruxelas até 10 de dezembro.
Os acionistas da TAP formalizam hoje em assembleia-geral a exoneração de responsabilidades de David Neeleman, Humberto e David Pedrosa enquanto administradores da companhia aérea, que é detida em 72,5% pelo Estado, desde 2 de outubro.
A Ryanair, que contestou no Tribunal Europeu de Justiça a ajuda estatal aprovada pela Comissão Europeia, de Portugal à TAP, considera que este apoio de 1,2 mil milhões de euros vai "fazer com que a companhia fique preguiçosa".
Uma plataforma de sete sindicatos, que representam trabalhadores da TAP, lamentou hoje não ter sido recebida pelo Governo no âmbito do processo de reestruturação, do qual discorda, segundo um comunicado.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje, no parlamento, que a TAP está a abandonar encomendas que já estavam feitas e a "negociar a devolução de alguns aviões".
A TAP organizou até agora 85 voos de repatriamento e humanitários para países com o espaço aéreo encerrado a voos comerciais, permitindo o regresso de cerca de 12 mil portugueses e residentes em Portugal, informou o Governo.
O PSD/Madeira voltou hoje a criticar os preços praticados pela TAP nas viagens para a região, referindo que na época do Natal chegam a atingir 1.143 euros, e considerou os valores “pornográficos” e “obscenos”.
O presidente do PSD, Rui Rio, criticou hoje as opções do Governo para a TAP, acusando o executivo de “enterrar dinheiro dos contribuintes” na transportadora aérea nacional antes de ser conhecido o plano de reestruturação.