Os trabalhadores contactados pela Lusa salientam ser "um movimento espontâneo", não afeto a nenhuma estrutura sindical.

Na página no Facebook "Os Números da TAP Têm Rosto" os organizadores apelam para que quem não está de serviço se junte ao protesto e pedem "uma demonstração de união", que mostre que "todos os números apresentados têm um rosto".

Na mesma rede social pede-se que quem participe na manifestação cumpra as orientações da Direção-Geral da Saúde em vigor, alerta-se para a não utilização de fardamento da companhia aérea e na página é afirmado que se trata de um "evento autorizado pelas entidades competentes".

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou no parlamento, em 04 de novembro, que "a primeira fase" do plano de reestruturação da TAP estava concluída e que as negociações com os sindicatos iam arrancar.

"Temos uma companhia aérea que está sobredimensionada para a realidade atual e temos de conseguir um processo restruturação que garanta que a companhia aérea vai ser viável e sustentável", defendeu Pedro Nuno Santos.

Em 15 de outubro, Pedro Nuno Santos anunciou no parlamento que iriam sair 1.600 trabalhadores do grupo TAP até ao final do ano, tendo já saído 1.200 colaboradores.

Segundo os resultados divulgados hoje pela TAP, os custos com pessoal diminuíram 39,1% até setembro face ao mesmo período de 2019, correspondendo a 200 milhões de euros, tendo 729 trabalhadores com contratos a termo saído da empresa.