A Sociedade Portuguesa de Autores realçou a “urgência da reedição da obra” de José Afonso, questão sobre a qual alertou o ministro da Cultura, para que obtenha o "estatuto de património cultural".
A saudade de José Afonso, o autor de "Grândola", "um homem generoso, solidário, valente", marca os testemunhos de antigos companheiros de percurso, quando passam 30 anos sobre a morte do cantor.
Um mar de gente e de cravos vermelhos inundou Setúbal, nessa terça-feira, 24 de fevereiro de 1987, quando José Afonso foi sepultado, no cemitério de Nossa Senhora da Piedade.
A liberdade, a emancipação das pessoas e a defesa do poder popular são valores "impossíveis de esconder" na obra de José Afonso, na sua própria vida, disse à agência Lusa o presidente da Associação José Afonso, Francisco Fanhais.
“Filhos da Madrugada cantam José Afonso”, editado em 1994, foi um disco de homenagem no qual participaram 20 bandas, colocando-se agora a questão: 30 anos depois da morte ‘do Zeca’, quem seriam hoje os “Filhos da Madrugada”?
Os ‘rappers’ são tidos como ‘herdeiros’ de José Afonso por criarem letras interventivas, mas para Valete e Sam the Kid chamar a 'Zeca' cantor de intervenção e dizer que o rap é apenas combativo é ser injusto.
Concertos, exposições e outras criações sob o lema "Insisto não ser tristeza" assinalam, um pouco por todo o país, as comemorações dos 30 anos da Associação José Afonso e do cantautor que lhe deu nome, foi hoje anunciado.
Muitos escreveram sobre ela, muitos cantaram-na. Alguns ouvem para a ultrapassar, outros para a celebrar. Há quem a escreva para imortalizar e quem a cante para a adiar. Mas como é que se diz mesmo: quem canta, seus males espanta, não é? Escolhemos uma playlist que canta a morte.