Em São Bento, Lisboa, vai nascer um memorial dedicado ao músico José Afonso, um dos projetos vencedores do Orçamento Participativo de 2012 da Câmara Municipal de Lisboa, mas que só avançou agora, disse hoje à Lusa fonte da Associação José Afonso.
A Sociedade Portuguesa de Autores realçou a “urgência da reedição da obra” de José Afonso, questão sobre a qual alertou o ministro da Cultura, para que obtenha o "estatuto de património cultural".
A saudade de José Afonso, o autor de "Grândola", "um homem generoso, solidário, valente", marca os testemunhos de antigos companheiros de percurso, quando passam 30 anos sobre a morte do cantor.
Um mar de gente e de cravos vermelhos inundou Setúbal, nessa terça-feira, 24 de fevereiro de 1987, quando José Afonso foi sepultado, no cemitério de Nossa Senhora da Piedade.
A liberdade, a emancipação das pessoas e a defesa do poder popular são valores "impossíveis de esconder" na obra de José Afonso, na sua própria vida, disse à agência Lusa o presidente da Associação José Afonso, Francisco Fanhais.
“Filhos da Madrugada cantam José Afonso”, editado em 1994, foi um disco de homenagem no qual participaram 20 bandas, colocando-se agora a questão: 30 anos depois da morte ‘do Zeca’, quem seriam hoje os “Filhos da Madrugada”?
Os ‘rappers’ são tidos como ‘herdeiros’ de José Afonso por criarem letras interventivas, mas para Valete e Sam the Kid chamar a 'Zeca' cantor de intervenção e dizer que o rap é apenas combativo é ser injusto.
Concertos, exposições e outras criações sob o lema "Insisto não ser tristeza" assinalam, um pouco por todo o país, as comemorações dos 30 anos da Associação José Afonso e do cantautor que lhe deu nome, foi hoje anunciado.
Muitos escreveram sobre ela, muitos cantaram-na. Alguns ouvem para a ultrapassar, outros para a celebrar. Há quem a escreva para imortalizar e quem a cante para a adiar. Mas como é que se diz mesmo: quem canta, seus males espanta, não é? Escolhemos uma playlist que canta a morte.