A Netflix anunciou esta terça-feira que lançou a nível mundial uma nova funcionalidade que permite ver todos os dispositivos utilizados recentemente na sua conta.
Ou seja, agora será possível ver quem esteve ligado, em que aparelho, e a que hora o fez. Chamada "Gerir acessos e dispositivos", está disponível nas definições da "Conta" do seu perfil.
Na prática, há ainda um acrescento importante desta nova funcionalidade além da já citada "monitorização" de logins: a possibilidade de expulsar ou desligar as contas ativas com um único clique.
Segundo a Netflix, a nova feature era "há muito solicitada" pelos seus membros e vai dar aos seus subscritores "ainda mais controlo sobre a sua conta". A gigante do streaming faz ainda saber que é algo que vai dar muito jeito nos próximos tempos, época que traz agitação, deslocações e festividades.
"Com a azáfama do Natal já ao virar da esquina, muitos dos nossos membros vão certamente viajar para visitar familiares e amigos, e poderão querer ver a Netflix onde quer que se encontrem", pode ler-se numa publicação no blog oficial, reiterando em jeito de conclusão que "iniciar sessão na sua conta num hotel ou na casa de amigos é fácil e intuitivo, mas muitas pessoas esquecem-se de terminar sessão".
No entanto, há quem se lembre de outras possibilidades. Se o exemplo oficial foi tido em conta o controlo de amigos e famílias de férias, o site de entretenimento IndieWire opta por recordar — com uma foto de ilustração aludindo à série "You", em que o protagonista é um perseguidor-assassino-psicopata — que a Netflix "apresenta nova funcionalidade para expulsar o seu ex da sua conta".
Noutra nota, o mesmo artigo salienta que há um objetivo não publicitado nas sombras desta possibilidade de expulsar qualquer pessoa: é mais uma forma de combater a partilha de palavras-passe (as cláusulas dos termos de serviço estabelecem que as contas só podem ser utilizadas por pessoas que pertencem ao mesmo agregado familiar). A partilha de passwords tem sido um grande problema para a Netflix, que estima que existam mais de 100 milhões de casas a utilizar o seu serviço, mas que não pagam (à plataforma, entenda-se, pois há muitos que pagam ao subscritor com quem dividem a conta) para aceder aos seus serviços.
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