Os analistas já começavam a projectar a sentença da Apple. A marca venderia 40.2 milhões de Iphones, segundo a FactSet StreetAccount e a Thomson Reuters. A empresa da "maçã" acabou por se superar e vendeu mais iPhones do que Wall Street esperava:40.4 milhões de smartphones. Os resultados acalmaram os medos dos accionistas e dos investidores que temiam que o produto mais importante da gigante americana tivesse encontrado um entrave à sua popularidade.
O medo era real e fundamentado. Os telemóveis Iphone representam dois terços das vendas da gigante americana. Felizmente para Tim Cook, os ânimos não se exaltaram, e depois da apresentação dos resultados as acções subiram 7%. Mas como? Como é que uma marca que vende menos 15% de Iphones do que no período homólogo do ano transacto consegue evitar o pânico entre os seus accionistas e ainda fazer subir as acções em tempos de quebras?
A Apple tinha de apresentar algo novo. O mercado chinês não conseguiu ser o grande salva vidas da marca americana, devido à crise económica e pela posição mais competitiva da Samsung e da Huawei no mesmo mercado. Os tempos mudaram e novos desafios apresentaram-se perante a gigante Apple.
Segurar os accionistas e investidores prende-se essencialmente com a aposta na realidade aumentada e inteligência artificial. O CEO da Apple aproveitou a febre do Pokemon GO! para fazer destas a bandeira para os próximos anos. A isto junta-se a nova gama de smartphones, o iPhone SE - um modelo mais barato -, que pretende alargar o mercado da empresa a mais pessoas.
No entanto, a empresa não se tem livrado de várias criticas. Oren Etzioni, CEO do Allen Instituto para a Inteligência Artificial e professor na Universidade de Washington, criticou a Apple por trabalhar atrás das cortinas, ao contrário dos seus rivais Facebook e Google que sempre que têm oportunidade espelham os resultados dos seus avanços.
Cook prefere permanecer nos bastidores, mas deixa uma premissa para o que aí vem: a Apple conseguiu arranjar um meio termo que consegue alienar o progresso na inteligência artificial e a privacidade do utilizador.
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