O lançamento da sonda realizou-se às 04:30 (20:30 de segunda-feira em Lisboa), a bordo do foguete Longa Marcha-5, a partir do centro de lançamento de Wenchang, na província de Hainão (sul).

“A sonda entrou com precisão na órbita previamente estabelecida. A missão foi concluída com êxito”, afirmou o diretor do centro de lançamento e responsável pela missão, Zhang Xueyu, citado pela televisão estatal chinesa CCTV.

De acordo com a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, esta é uma das “missões espaciais mais complexas e desafiadoras” que a China já realizou.

“A missão vai ajudar a promover o desenvolvimento científico e tecnológico da China e estabelecer uma base importante para futuros pousos tripulados na Lua”, disse o vice-diretor do Centro de Exploração Lunar da Administração Espacial da China, Pei Zhaoyu, citado pela Xinhua.

A Chang’e-5 deverá colocar vários módulos na superfície lunar para recolher cerca de dois quilogramas de amostras.

A nave vai levar dois dias a chegar à superfície e a missão vai durar cerca de 23 dias, indicou Pei. As amostras vão chegar à Terra em meados de dezembro.

A missão vai tornar a China no terceiro país capaz de recolher amostras de material lunar, depois de os Estados Unidos e da antiga União Soviética o terem feito, nos anos 1970.

Segundo a CCTV, a missão visa “contribuir para os estudos científicos sobre a formação e a evolução da Lua”.

A missão, batizada em homenagem à deusa chinesa da Lua Chang’e, está entre as mais ousadas da China desde que o país colocou um homem no espaço, pela primeira vez, em 2003, tornando-se a terceira nação a fazê-lo, depois dos EUA e da Rússia.

Já a sonda chinesa Chang’e 4 foi a primeira a pousar no lado relativamente inexplorado da Lua, que não é visível a partir da Terra, e está a fornecer medições completas da exposição à radiação da superfície lunar, que são vitais para qualquer país que planeie enviar astronautas para a Lua.

Em julho passado, a China tornou-se um dos três países a lançar uma missão a Marte, que vai procurar sinais de água no planeta vermelho. As autoridades chinesas indicaram que a nave Tianwen 1 está em curso para chegar a Marte por volta de fevereiro.

Embora os EUA tenham seguido de perto os êxitos da China no espaço, é improvável que colaborem com o país, numa altura de crescentes tensões e desconfiança política, rivalidade militar e acusações de usurpação de tecnologia por parte da China.

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