Os primeiros envios de gás natural de França para a Alemanha começaram às 06:00 através de um gasoduto que cruza a fronteira comum de Mosela / Medelsheim en Sarre.
A distribuição vai ser “avaliada todos os dias, em função das capacidades da rede” e que têm uma capacidade máxima de 100 GWh/dia, disse a GFTgaz.
A quantidade corresponde a 10% do que a França recebe diariamente em Gás Natural Liquefeito (GNL) nos quatro terminais de que dispõe, refere ainda a operadora.
Os pontos de interconexão na fronteira franco-alemã foram inicialmente concebidos para operarem no sentido contrário (Alemanha-França) tendo sido necessário inverter o sistema para permitir a nova circulação de gás.
“É uma situação histórica. É a primeira vez que a França vai enviar gás diretamente para a Alemanha. Até ao momento o nosso gás era enviado para a Bélgica”, disse Thierry Trouvé, diretor-geral da GRTgaz, questionado pela France Presse.
A GRTgaz em colaboração com empresas alemãs (OEG e GRTgaz Deutschland) levou a cano uma série de “ajustes técnicos” para garantir o fluxo entre a França e a Alemanha.
A Alemanha é deficitária em gás utilizado nomeadamente no setor industrial que é vital para a economia do país.
A França tem mais gás do que a Alemanha porque beneficia de fornecimentos de Gás Natural Liquefeito, principalmente dos Estados Unidos, tendo abastecido as reservas para o próximo inverno.
A GRTgaz é o segundo maior transportador de gás da Europa, com 32.500 quilómetros de gasodutos e 640 TWh de gás transportado.
A crise energética foi provocada pela nova campanha militar da Rússia contra a Ucrânia iniciada no passado dia 24 de fevereiro.
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