O anúncio deste segundo centro de competências — o primeiro foi na área dos serviços jurídicos — tinha sido feito quarta-feira pelo chefe do executivo, António Costa, tendo hoje sido concretizado através de uma resolução do Conselho de Ministros.

Em conferência de imprensa após a reunião do Governo, a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, explicou que a criação do TicAPP "tem como objetivo dotar a Administração Pública de mais recursos especializados de forma a melhorar o seu projeto de transformação digital".

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, o Governo pretende ainda e em simultâneo reduzir "a contratação de serviços externos nas áreas das tecnologias de informação e comunicação, com correspondentes ganhos de eficiência e eficácia".

"Ao TicAPP caberá fazer o levantamento e melhoria dos vários sistemas de informação existentes, assim como o apoio às diferentes áreas governativas na modelação, otimização, simplificação e integração do recurso a tecnologias", explica o Governo.

Para concretizar esta medida, o executivo aprovou a equiparação da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) "a entidade pública empresarial, com o objetivo de permitir a instalação e funcionamento do TicAPP como grupo de projeto no âmbito da AMA".

O Conselho de Ministros de hoje aprovou, igualmente, o decreto-lei que "introduz alterações pontuais no funcionamento das estruturas e serviços da Presidência da República", no qual se clarifica "o modo de substituição dos Chefes da Casa Civil e da Casa Militar em situações de ausência ou impedimento".

Maria Manuel Leitão Marques foi ainda questionada pelos jornalistas sobre a seca, tendo apenas referido que este é um tema que preocupa o Governo e que é transversal, estando a ser tomado em conta em especial pelos ministros do Ambiente e da Agricultura, mas que hoje não foi objeto de discussão no Conselho de Ministros.

Sobre o processo para abrir concurso para 700 médicos recém-especialistas estar, de acordo com o ministro da Saúde, a aguardar assinatura no Ministério das Finanças e sobre o facto de Espanha não ter consultado Portugal sobre mina de urânio a céu aberto em Retortillo, Salamanca, a ministra da Presidência também se escusou a fazer qualquer comentário, uma vez que o tema não esteve em debate no Conselho de Ministros de hoje.