O desacordo em questão está relacionado com uma nova lei sobre o pagamento a editores de notícias e conteúdos publicitários online à qual as plataformas se opõem, segundo o ministro do Património, Pablo Rodriguez.
Esta determinação aprovada por Ottawa no mês passado, a lei C-18, obriga as redes sociais a pagar aos canadianos pelo conteúdo que partilham nas suas plataformas. Em resposta a esta lei, neste momento não é possível aos utilizadores canadianos do Facebook e Instagram fazerem anúncios nas plataformas.
Citado pela AFP, o ministro Pablo Rodríguez, sublimou, esta quarta-feira, que o Facebook "decidiu ser insensato, irresponsável, e começou a bloquear notícias, motivo pelo qual anunciamos hoje que o governo do Canadá irá suspender os seus anúncios no Facebook e Instagram". Já o primeiro-ministro, Justin Trudeau, acrescentou que "os canadianos não se deixarão intimidar pelos bilionários americanos que querem minar a nossa democracia".
A decisão de suspender os anúncios do governo custará ao Facebook e Instagram cerca de 7,5 milhões de dólares (6,9 milhões de euros) por ano, segundo Trudeau.
A nova lei visa a apoiar o setor de informação, atingido pela crise no Canadá devido à perda de receita publicitária. Segundo o Departamento de Património, mais de 450 negócios de comunicação fecharam desde 2008 no país.
O ministro Pablo Rodríguez informou que 80% das receitas publicitárias do Canadá vão para o Google e Facebook, algo que acontece também em outros países.
Recorde-se que o Canadá não é único país a tomar este tipo de decisão, estado norte-americano da Califórnia também está a elaborar um projeto de lei semelhante.
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