Para inovar é preciso identificar um problema — ou uma dor — e depois encontrar maneira de o resolver de forma eficiente. Escalar a solução é fundamental se a ideia é ter futuro para além do laboratório.
Neste caso não foi diferente: inspirados pela sua própria experiência, um grupo de estudantes da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, nos EUA, desenvolveu uma "fita cola comestível", batizada de "Tastee Tape".
Comer um wrap ou um burrito devia ser uma forma prática de "resolver" um almoço: basta embrulhar uma série de alimentos nutritivos numa tortilha e comer, tal qual uma sandes, quando a fome apertar. Só que o propósito perde-se quando "o embrulho" cede e se abre, o que acontece com alguma frequência, tornando um almoço que devia ser prático numa confusão de guardanapos.
Fã de wraps e burritos, o grupo de estudantes de engenharia química e biomolecular da Universidade Johns Hopkins passou meses de volta do protótipo da "Tastee Tape", uma "fita cola" orgânica, fibrosa e comestível, capaz de garantir que os ingredientes se mantêm dentro do embrulho — no momento de ser cozinhado e depois durante o consumo.
"Primeiro estudámos a ciência em torno das diferentes fitas adesivas e depois trabalhámos em versões comestíveis", conta o investigador Tyler Guarino, que se juntou aos engenheiros Marie Eric, Rachel Nie, e Erin Walsh para desenvolver este projeto.
Como estão a avançar com um pedido de patente, os ingredientes desta "fita cola comestível" não podem ser revelados, mas o seu consumo é seguro, garante Guarino. "O que posso dizer é que todos os ingredientes são seguros para consumir. São alimentos e aditivos alimentares comuns".
Esta "fita cola comestível" é transparente, mas foi pintada de azul na imagem para se perceber melhor o seu funcionamento.
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