“Ensinamos programação e robótica e decidimos aplicar esses conhecimentos em causas sociais”, afirmou à agência Lusa Jaime Rei, coordenador de robótica da escola, no distrito de Lisboa.

Nos últimos dois anos, com a ajuda dos professores, cinco alunos, entre os 10 e os 18 anos, desenvolveram um robô que consegue “converter palavras e letras em língua portuguesa para língua gestual”, explicou o docente.

O robô não possui, ainda assim, inteligência artificial.

A inovação permite “despertar a curiosidade para a língua gestual e ser utilizada para fins pedagógicos na sala de aula”, enquanto instrumento interativo de aprendizagem.

Com o projeto denominado “TUPI - Todos Unidos pela Inclusão”, o grupo de alunos forma uma das delegações portuguesas que vai representar Portugal no RoboCup - Campeonato do Mundo de Robótica, que se realiza entre 02 e 08 de julho na Austrália.

A equipa conquistou o primeiro lugar na categoria Júnior OnStage, no Campeonato Nacional de Robótica, que se disputou em abril, em Gondomar.

Nos últimos anos, o clube de robótica daquela escola já desenvolveu diversos projetos, como um protótipo para tornar os computadores, telemóveis ou comandos de televisão acessíveis a pessoas com mobilidade condicionada nos membros superiores.

Outro dos projetos inventados foi o “Crescer em Ação”, um projeto interativo para facilitar o processo de ensino/aprendizagem de crianças nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

O grupo criou também o “Caixa Alerta”, uma caixa inteligente de medicamentos para vários dias, que interage com o doente e o avisa das horas e da medicação a tomar, através de um alarme visual.