Quais os cursos que os nossos filhos devem fazer? Numa sessão para empresas sobre transformação digital talvez esta não seja a primeira pergunta que estamos à espera de ouvir. Mas, na prática, a pergunta colocada pelo administrador B2B da Altice Portugal, João Sousa, no workshop “Liderar a Mudança” realizado em Leiria, traduz com simplicidade uma das dimensões da revolução tecnológica em curso: o mundo está a mudar a uma velocidade superior a qualquer outro período na História da humanidade e temos de nos preparar para encontrar novas respostas para um conjunto alargado de situações.

As empresas, que hoje competem num mundo global, como recordou João Sousa, são um dos palcos principais destas mudanças, razão pela qual a PT Empresas decidiu levar num roadshow pelo país o workshop que ontem teve Leiria como cidade anfitriã. O objetivo é juntar durante um dia empresas clientes e parceiros para partilhar boas práticas e soluções de transformação digital, seja na ótica dos novos modelos de negócio, seja na aplicação concreta de soluções de cloud, IoT ou segurança, para dar alguns exemplos.

Além dos vários debates e apresentações, o workshop contou também com uma zona de exposição de várias soluções dirigidas ao universo empresarial promovida em parceria com a Compta, Huawei e Samsung.

E foi esse o roteiro da sessão de ontem, que contou, do lado da PT Empresas, com as apresentações de Mário Sousa, diretor de Produto e Pré-venda, e de Inês Ferreira, responsável de Produto IoT, e com um conjunto de contributos de parceiros como a Avigilon, Microsoft, Samsung, Compta, Gema e Cisco Systems. Sendo uma empresa de Leiria e de uma indústria com tradição na região como são os moldes, a Socem foi convidada para participar no painel em que se discutiram as ameaças e as oportunidades da transformação digital em que, na voz de Paulo Pires, responsável de Chain Suply Management, partilhou a forma como têm sido integradas tecnologias nos processos de produção e os resultados obtidos.

Uma ideia comum às diversas participações foi a da necessidade de olhar a tecnologia como um facilitador ou acelerador da mudança, e não como a mudança por si mesma de forma isolada. A evolução do mercado empresarial para ecossistemas de parceiros, as soluções de colaboração e a necessidade de um radar permanente à inovação são pilares desta transformação e o seu sucesso depende da utilização da tecnologia mas sobretudo da capacidade humana de compreender os desafios e encontrar as melhores respostas. Uma conclusão reiterada pelos vários participantes foi, mais do que nunca, a urgência de não ficar para trás num mundo em que todos concorrem com todos - essa é, afinal, também a premissa da atual  revolução tecnológica.