Segundo a agência noticiosa francesa AFP, o cargueiro Tianzhou-1 (‘Navio celestial’), terá realizado a acoplagem perto das 05:30, hora de Lisboa, depois de um primeiro contacto estabelecido com o laboratório espacial, cerca de 15 minutos antes.
O laboratório deverá abrir caminho ao desenvolvimento de uma estação espacial habitável, prevista para 2022, quando a estação espacial internacional deixar de funcionar.
O desenvolvimento de um cargueiro espacial era imprescindível para a construção da estação espacial, cujo primeiro módulo será colocado no espaço em 2019 (um ano depois do previsto inicialmente) e que se espera esteja concluída três anos depois.
Durante a missão, a nave “Tianzhou 1” (navio celestial) ensaiará três tipos diferentes de acoplagem ao laboratório espacial, ao qual estará unida durante dois meses. Também fará o transvase de combustível para que o “Tiangong 2” mantenha a órbita, bem como equipamentos científicos e técnicos.
Após cinco meses numa órbita a 385 quilómetros de altitude, o cargueiro espacial iniciará uma descida controlada para se desintegrar nas camadas mais altas da atmosfera.
O principal objetivo da missão é comprovar o funcionamento da nova nave, que será necessária para o transporte de todo o tipo de elementos para a estação espacial.
A futura estação espacial vai exigir um abastecimento periódico de alimentos, água, oxigénio e materiais, sendo que o programa espacial chinês não pode avançar na construção da estação sem ter antes um sistema fiável de transporte.
A “Tianzhou 1” é uma nave de nove metros com uma capacidade de carga de 6,5 toneladas e um peso total de 13 toneladas, cujo desenvolvimento pressupôs “um esforço de seis anos” em desenho e construção, segundo Luo Guqiang, responsável adjunta da missão.
O primeiro módulo da estação espacial, chamado “Tianhe 1” (rio celestial), terá um peso de 20 toneladas e um braço robot articulado, pelo que precisa de um foguete propulsor mais potente capaz de por em órbita cargas até 25 toneladas.
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