“É um apelo ao trabalho em grupo, porque na área da segurança [cibernética] tem que se trabalhar em grupo, independentemente da organização e do dinheiro que se tenha”, afirmou hoje Rogério Bravo, inspetor-chefe da secção de ataques cibernéticos da Polícia Judiciária, que participa na 3.ª edição do “Porto Cybersecurity Conference 2017” (Conferência de Segurança Cibernética, em português), a decorrer no Porto.
Rogério Bravo participou num painel denominado “A importância da colaboração e partilha no combate do cibercrime” e, no final da sessão, que decorreu à porta fechada, explicou aos jornalistas que para se combater a insegurança na Internet tem de haver uma “comunhão de esforços” entre várias entidades, designadamente entre privados, banca e polícias, porque “não pode haver um polícia em cada computador”, sublinhou.
“Se os privados não colaborarem e não cumprirem a sua parte legal (...) é extremamente difícil assegurar a segurança da informação em Portugal”, alertou aquele responsável, revelando que a Judiciária conseguiu resolver um caso recente com a colaboração de várias entidades.
Hoje foi apresentado um caso prático “suficientemente melindroso” para não ser divulgado publicamente, porque, explicou Rogério Bravo, "expõe as pessoas e as técnicas".
No entanto, a investigação está a resultar “bem”, devido à colaboração entre “polícias, banca e fornecedores de serviços de Internet (Internet Service Provider - ISP)”, considerou.
A 3.ª edição da Conferência de Segurança Cibernética 2017 está a decorrer hoje no Hotel Sheraton, do Porto, com cerca de 30 painéis relacionadas com a segurança no mundo cibernético e foi organizada pela Globinnova, em parceria com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico do Porto.
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