No total, o telescópio Kepler já detetou 4.034 exoplanetas, dos quais 2.335 foram confirmados por outros telescópios, anunciou a NASA, a agência espacial dos Estados Unidos.
Cerca de 50 destes planetas distantes são de tamanho semelhante ao da Terra, incluindo os 10 anunciados hoje, e orbitam as respetivas estrelas na chamada "zona habitável", onde as condições gravitacionais e de temperatura permitem, hipoteticamente, a existência de água líquida, considerada condição essencial para a existência de vida tal como é conhecida.
"Este catálogo minucioso (de exoplanetas com existência confirmada) é o fundamento científico que permitirá responder diretamente a uma das questões mais 'quentes' da astronomia, que é a de determinar o número de planetas 'irmãos' da Terra na nossa galáxia", a Via Láctea, afirmou, citada num comunicado da NASA, Susan Thompson, uma das cientistas da equipa que opera o Kepler e membro do Instituto SETI, dedicado à busca de inteligência extraterrestre.
As descobertas anunciadas hoje fazem parte da versão final do catálogo de exoplanetas identificados a partir dos dados recolhidos durante os quatro anos em que o Kepler esteve em operação.
O Kepler foi lançado em 2009, mas a missão acabou por terminar em 2013 devido a uma avaria dos giroscópios (dispositivos que permitem o posicionamento no espaço na ausência de pontos de referência) do telescópio espacial.
Enquanto se manteve em operação, o Kepler perscrutou o espaço em torno de 150.000 estrelas da constelação do Cisne.
A estrela mais brilhante da constelação do Cisne, a Alpha Cygni, fica a 2.500 anos-luz da Terra.
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