O Twitter começou a divulgar estes números há um ano. No total, a rede social eliminou 636.248 contas por esse motivo no período que vai de 1 de agosto de 2015 a 31 de dezembro de 2016. 376.890 destas contas foram eliminadas entre 1 de julho de 2016 e 31 de dezembro do mesmo ano. A informação pode ser consultada na integra aqui.
Este é o 10.º relatório de transparência do Twitter, que começou a publicar este documento em 2012. O primeiro, escreve o site The Verge, foi publicado depois de Edward Snowden revelar que os governos estavam a espiar os seus próprios cidadão e tentar infiltrar-se nas redes sociais.
A empresa indicou que, desde 2010, tem uma parceria com a organização de pesquisa americana Lumen, que age como "terceira parte independente", e que esta receberá uma cópia das solicitações de eliminação de contas deste novo relatório, de maneira que "cada um possa ver que tipo de conteúdo foi retirado e quem fez a solicitação". O Twitter disse, porém, que se reserva o direito de não oferecer à Lumen certas informações, como números de telefone, por motivos de confidencialidade e de respeito pela privacidade.
As solicitações de informação por parte de autoridades governamentais aumentaram 7% nos últimos seis meses em comparação com o período anterior, mas referiram-se a 13% menos contas, detalha o Twitter. Já as solicitações para a eliminação de contas aumentaram 13%, mas sobre 37% menos contas.
Numa parte do relatório, a rede social afirma que recebeu de autoridades do mundo todo 88 solicitações para eliminar publicações de contas de jornalistas e de meios "reconhecidos". No entanto, a empresa ressalta que não tomou medidas "na maioria dos casos", com algumas exceções para a Alemanha e a Turquia, país de onde vieram 88% dessas solicitações.
Citado pelo The Verge, Jeremy Kessel, diretor do departamento jurídico do Twitter, assumiu que "muito mudou nos últimos cinco anos, tanto no Twitter como em todo o mundo. Mas a necessidade de transparência ao nível dos governos e empresas nunca foi tão importante dado o clima atual de ataques contínuos à liberdade de expressão e limitação dos direitos dos cidadãos em todo o mundo. Ao mesmo tempo que estamos felizes pelo nosso 10.º relatório, sabemos que há ainda muito trabalho para fazer".
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