“A UE e os seus Estados-membros, juntamente com os seus parceiros internacionais, condenam veementemente a atividade cibernética maliciosa conduzida pela Federação Russa contra a Ucrânia, que visava a rede de satélite KA-SAT, operada pela Viasat”, indica o Alto Representante da União, numa posição hoje divulgada.

Explicando que o ciberataque teve lugar uma hora antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro passado, Josep Borrell acrescenta que tal iniciativa “facilitou assim a agressão militar”.

“Este ciberataque teve um impacto significativo, causando interrupções e problemas de comunicação indiscriminadas em várias autoridades públicas, empresas e utilizadores na Ucrânia, bem como afetando vários Estados-membros da UE”, elenca o chefe da diplomacia europeia.

Para Josep Borrell, “este ciberataque inaceitável é mais um exemplo do padrão contínuo de comportamento irresponsável da Rússia no ciberespaço, que também fez parte integrante da sua invasão ilegal e injustificada da Ucrânia”.

Indicando que a UE está a fornecer apoio político, financeiro e material coordenado à Ucrânia para reforçar a sua resiliência cibernética, o responsável adianta que “os ataques cibernéticos contra a Ucrânia, incluindo contra infraestruturas críticas, podem alastrar a outros países e causar efeitos sistémicos, pondo em risco a segurança dos cidadãos europeus”.

“A Rússia deve pôr fim a esta guerra e pôr imediatamente termo ao sofrimento humano sem sentido”, exorta ainda Josep Borrell.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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