“Mais do que nunca, precisamos de eventos impactantes como este, eventos que mudam a forma como pensamos e ultrapassam os limites nestes tempos desafiantes”, afirmou Fernando Medina, falando na cerimónia de abertura da Web Summit, que este ano decorre ‘online’ devido à pandemia de covid-19.
Segundo o autarca, a edição do ano passado ajudou Lisboa “a posicionar-se como uma das capitais do mundo que mais impulsionam as ‘startups’”, através de “ideias e projetos incríveis” .
O presidente da câmara municipal sublinhou que, nos próximos meses, “é preciso garantir uma recuperação rápida para mitigar os impactos sociais da pandemia e da crise económica”.
Para isso, é preciso “inovação e novas estratégias”, realçou, destacando que Lisboa vai continuar a trabalhar para ser uma cidade neutra em carbono no futuro, “com um sistema verde e mais sustentável, melhores transportes públicos e melhor infraestrutura ciclável”.
A cidade vai também apostar na construção de mais espaços de fruição pública e parques verdes, salientou.
Por fim, Fernando Medina disse ter a certeza de que irá receber no próximo ano todos os conferencistas, que poderão “aproveitar as diversas coisas que a cidade pode oferecer”.
Em 2018, o Governo, a Câmara Municipal de Lisboa e a Connected Intelligence Limited assinaram um contrato relativo à organização do evento internacional Web Summit em Portugal no período entre 2019 e 2028.
Na altura, a cidade de Lisboa garantiu a organização da Web Summit mediante investimentos anuais de 11 milhões de euros. Deste valor, três milhões de euros são investimento municipal e oito milhões são assegurados pelo Governo.
Há uma semana, questionado sobre a diferença de encargos por parte da autarquia, uma vez que o evento se realiza 'online', o presidente da câmara disse que o formato ‘virtual’ deste ano significará uma “redução significativa” a este nível, mas escusou-se a quantificar qual será a diminuição da despesa.
“Há uma redução significativa de encargos face àquilo que foi a edição do ano anterior”, afirmou o socialista, durante a reunião pública da Câmara de Lisboa, depois de questionado pelo vereador do PSD João Pedro Costa.
Interrogado pelo vereador social-democrata sobre se não poderia apresentar “a ordem de grandeza” da redução, o presidente da Câmara de Lisboa disse não ser possível naquele momento.
A Web Summit, considerada uma das maiores cimeiras tecnológicas do mundo, realiza-se este ano totalmente 'online' com "um público estimado de 100 mil" pessoas.
Para o cofundador do evento, o irlandês Paddy Cosgrave, o próximo grande desafio será trazer "100.000 pessoas a Lisboa", o que só acontecerá "em 2022 ou 2023".
Relativamente à polémica do pagamento de 11 milhões de euros (oito milhões pelo Governo e três milhões de euros pela câmara de Lisboa) por uma edição que é 'online', Paddy Cosgrave disse tratar-se de um assunto político, em que não se quer envolver.
A cimeira tecnológica teve início hoje e decorre até 4 de dezembro.
Estão inscritos "mais de 2.500 jornalistas", segundo Cosgrave.
Após duas edições realizadas em Lisboa (2016 e 2017), a Web Summit e o Governo Português anunciaram, em Outubro de 2018, uma parceria a 10 anos que permite manter a conferência na capital portuguesa até 2028.
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