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10 episódios na Netflix e um grande passo para Portugal
Tuga que é tuga enche-se de orgulho quando vê o seu país representado pelo mundo e, em particular, na cultura pop. Ficamos babados quando Cristiano Ronaldo aparece n”Os Simpsons”, quando, num episódio de “Friends”, descobrimos que o Joey tem uma costela portuguesa ou quando os nossos artistas preferidos escolhem o nosso país para passar férias e partilham as paisagens nas respetivas redes sociais (vocês também andaram à procura de Frank Ocean?). Ora, se já só isto nos transforma completamente o ego nacionalista, imaginem como é que não nos sentimos quando descobrimos que a nossa ficção se ia estrear naquela que é a maior plataforma de streaming no mundo. Não é nenhuma brincadeira de meninos!
O tempo demorou a passar e os teasers foram chegando, aumentando ainda mais as expectativas. Anúncios nas redes sociais, cartazes pela rua, estreia marcada em 190 países, era “Glória” por todo o lado. Não há aqui dúvidas de que, para a Netflix podiam ser só 10 episódios, mas para a cultura portuguesa era uma porta que se abria com um potencial imensurável. Finalmente chegou o dia 5 de novembro, e, tal como eu, muitos se aprontaram a carregar no botão de play assim que possível.
Mas, afinal, a série é sobre o quê? Se acompanhas a ficção que se faz em Portugal, sabes que somos praticamente especialistas em produções de época. E a primeira série portuguesa para a Netflix não foi muito diferente. O enredo transporta-nos para os anos 60, para o ponto alto da tensão da Guerra Fria. Muitos de nós estudaram isto na escola e, pelo que retiveram das aulas de História, é possível que não consigam perceber a associação entre Portugal e grande conflito entre as duas grandes potências: Estados Unidos da América e União Soviética. Mas a resposta está na vila de Glória do Ribatejo, em Salvaterra de Magos.
É aqui que se passa a maior parte do enredo da série. A personagem principal é João Vidal, um engenheiro que acaba de chegar à RARET, um centro de transmissão de rádio controlado pelos Estados Unidos, onde funcionava a Rádio Europa Livre, e que era tudo menos imparcial face à situação que o mundo vive. Em paralelo, há várias fações presentes nestas peripécias enredo. Se, por um lado, há uma grande caça a membros do KGB, por outro, não nos podemos esquecer de que, em Portugal, a população vivia assombrada pelas ações da PIDE e da ditadura salazarista.
Ora, aulas de História à parte, é neste ambiente que a série nos envolve num furacão de intrigas onde João Vidal parece conseguir tocar todas as frentes da Guerra, acabando sempre por torcer pelo lado comunista.
Por cá, a série parece estar a fazer sucesso, visto que já chegou ao número 1 de conteúdos mais vistos da plataforma. Lá fora, o IMDB classifica-a com uns ótimos 8.2 (em 10). Será que a Netflix se rendeu?
- Ainda não estás convencido? É normal, aquilo que te contei é um resumo muuuuito breve da série. Mas lê este artigo da Rita Sousa Vieira para o SAPO24, que falou com os principais intervenientes da série e que contou tudo ainda antes de nós, comuns mortais, termos tido a chance de espreitar “Glória”.
- E qual é o veredicto final? Ora, para teres o feedback completo, vais ter de esperar por sexta-feira! Vou juntar-me ao João Dinis e ao Miguel Magalhães para partilharmos opiniões e discutirmos a série ao pormenor.
- Já viste “Glória”? Então também podes fazer parte do episódio! Conta-nos o que achaste respondendo a este email ou através das nossas redes sociais.
Gossip Girl: Precisávamos de um reboot?
Se precisávamos muito de um reboot de "Gossip Girl"? Não. Se ainda assim o João Dinis, a Mariana Santos e o Miguel Magalhães viram os episódios que saíram da nova temporada com o máximo de atenção para poderem comentar todos os detalhes no novo episódio do podcast? Obviamente.
Este é um dos poucos temas que une as três vozes do Acho Que Vais Gostar Disto. Gerações e gostos à parte, ninguém fica indiferente ao ouvir "XOXO, Gossip Girl", mas, como dizem os ditados da internet, é sempre difícil voltar a um lugar onde já se foi feliz, e este regresso a Upper East Side não foi diferente.
Ouve o episódio aqui:
A série original estreou em 2007 e, ao longo de 6 temporadas, encantou os espectadores com várias peripécias que giravam à volta de adolescentes ricos e de um misterioso blog que os assombrava e denunciava todos os seus movimentos. Dramas da idade, intrigas e esquemas maquiavélicos fizeram com que nos apaixonássemos por personagens como Chuck Bass, Blair Waldorf e Serena van der Woodsen e pela misteriosa Gossip Girl.
Desta vez, a abordagem é um bocadinho diferente. Ainda que os cenários que servem de pano de fundo sejam praticamente iguais, a rivalidade é entre duas irmãs e a Gossip Girl é... Bem, não vamos dar spoiler aqui, mas se ouvires o episódio vais saber que desde início que este mistério foi desvendado. Com maior diversidade e personagens mais woke, será que esta escolhas foram as certas?
Também já viste? Então conta-nos o que achaste do reboot desta série icónica. Podes responder por email a esta newsletter ou, se preferires, enviar-nos mensagem através das redes sociais.
Ser um bom assassino não é para todos
Se nas últimas semanas muito se tem falado de “You”, a série da Netflix que desde que estreou não abandonou o top de conteúdos mais vistos da plataforma, então nos últimos dias as antenas da nossa atenção mudaram para aquele que é um dos melhores assassinos da cultura pop. Não acreditam? Ao pé deste senhor, o Joe é claramente um amador a tentar imitar o mestre.
Estou a falar, claro, de Dexter, a personagem que dá nome à série e que conhecemos desde 2006. Mesmo que não tenhas acompanhado religiosamente as 8 temporadas da original do início ao fim, é muito provável que este nome não te seja indiferente. A verdade é que a série esteve no ar durante sete anos, com um total de 96 episódios e fez sucesso. Em Portugal, foi transmitida na RTP2, por isso a malta que não tinha acesso a canais de cabo ou a plataformas de streaming não tem desculpa para não conhecer.
Mas porquê falar agora desta série icónica? Porque os grandiosos dias de Dexter estão de volta. Por isso, se pouco ou nada conheces, vou deixar-te com algumas curiosidades que te vão abrir o apetite ou deixar com vontade de ver (ou rever) “Dexter” antes de espreitares “Dexter: New Blood”.
- A primeira temporada é baseada no livro Darkly Dreaming Dexter de Jeff Lindsay;
- Dexter não é como os “maus” a que estamos habituados. Durante o dia, é um analista forense especializado em padrões de sangue e ajuda a resolver crimes. À noite, é ele que os comete;
- Ao contrário da maior parte dos assassinos que nos são apresentados em filmes e séries, Dexter nunca foi uma criança inocente. Tinha uma fixação com o ato de matar desde pequenino e, em adulto, segue os ensinamentos que o seu pai lhe deu para nunca ser apanhado;
- Ainda que a sua personagem seja vista como um psicopata e um sociopata, a verdade é que Dexter fica ali num meio termo entre freak e justiceiro social;
- Apesar de, no início da série, assistimos a um Dexter pouco emocional e cujo coração de gelo parecia não derreter por nada, a verdade é que ao longo das temporadas vão surgindo várias candidatas a conquistar o assassino. Não é o ponto central da série mas, para os românticos incuráveis, é definitivamente um ponto a favor;
- Se quiseres recordar a série, todos os episódios estão disponíveis na HBO Portugal. E se fores ver do início só vais demorar… cerca de 96 horas.
Onde é que anda “Dexter: New Blood”?: Também não sabemos. A verdade é que os primeiros episódios da série já estrearam no resto do mundo e era suposto terem chegado à HBO Portugal na passada segunda-feira. Mas parece ter havido um problema, e tal não aconteceu. Por agora, o melhor é mesmo esperar e rever compilações dos melhores momentos.
Consegues escapar?
Em parceria com a Puzzle Room, em Lisboa, vamos dar um voucher para uma experiência num dos seus escape rooms a 4 amigos. Tudo o que precisas de fazer é participar no passatempo no nosso Instagram, até às 23h59 de dia 12 de novembro! Espreita aqui.
E se não fores o vencedor? Utiliza o código PUZZLEAQVGD, válido até ao final de novembro, que te dá 10% de desconto na hora de fazeres a reserva no Puzzle Room Lisboa.
Esperemos que gostes disto!
Equipa Acho Que Vais Gostar Disto
Créditos Finais
- Ainda não vi mas quero: Estás a precisar de uma justificação para ir ao cinema? Eu já tenho a minha. “Spencer” (aka o filme da princesa Diana) estreou nos últimos dias e há quem diga que está aqui um forte candidato aos Óscares. Espreita aqui os cinemas em que está disponível e os horários.
- Para fãs de leituras descontraídas: Se estão à espera de uma sugestão mega culta, não é aqui que a vão encontrar (para isso aconselho que acompanhem de perto o clube de leitura “É Desta Que Leio Isto”). Em vez disso, tenho uma recomendação de livro para ler antes de ir dormir e que ainda é capaz de te arrancar umas gargalhadas. Descobre aqui.
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