“A favorita” conquistou, entre outros, os prémios de Melhor Filme Europeu, Melhor Comédia, Realização e Melhor Atriz, para a interpretação de Olivia Colman.

A obra de Yorgos Lanthimos superou, assim, “J’Accuse”, de Roman Polanski, “Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar, “Os Miseráveis”, de Ladj Ly, “Systemsprenger”, de Nora Fingscheidt, e “O traidor”, de Marco Bellocchio, todos eles nomeados para o prémio de Melhor Filme Europeu.

Os filmes “Cães que ladram aos pássaros”, de Leonor Teles, e “Les Extraordinaires Mésaventures de la jeune fille de pierre”, de Gabriel Abrantes, estavam indicados para o prémio de melhor curta-metragem europeia, tendo sido derrotados por “The Christmas Gift”, de Bogdan Muresanu.

Na 32.ª edição dos Prémios de Cinema Europeu, o espanhol Antonio Banderas foi eleito o melhor ator, por conta da interpretação em “Dor e Glória”, o prémio da crítica foi para “Os miseráveis”, produção francesa de Ladj Ly, e o do público para “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski.

Destaque ainda para a atribuição dos prémios de carreira para o realizador alemão Werner Herzog e para a atriz francesa Juliette Binoche.

Pela primeira vez foi atribuído o prémio para uma série de ficção, tendo sido distinguida a produção alemã “Babylon Berlin”, de Achim von Borries, Henk Handloegten e Tom Tykwer.

Na cerimónia foi sublinhada a presença do realizador ucraniano Oleg Sentsov – detido durante cinco anos na Rússia e libertado em setembro passado – para a academia anunciar a criação da Coligação Internacional de Realizadores em Risco.

A organização, destinada a apoiar “realizadores que enfrentem perseguições políticas por causa do seu trabalho”, será criada em parceria com o Festival Internacional do Documentário de Amesterdão e o Festival de Cinema de Roterdão, ambos na Holanda.