“The Scarlet Letter” é a mais recente encenação da criadora espanhola, que teve estreia mundial na cidade francesa de Orleães, em dezembro último, e que parte da obra homónima do escritor norte-americano, Nathaniel Hawthorne.
Nesta peça, a dramaturga, escritora, atriz e encenadora propõe-se trabalhar temas como “a escuridão” da condição humana e a hipocrisia em tempos de puritanismo.
Citando Nathaniel Hawthorne – “somos as flores negras de uma sociedade civilizada” – a dramaturga, encenadora e atriz insurge-se: “Com ‘The Scarlet Letter’ submergimo-nos nos pesadelos que nos dão forma, na necessidade da culpa e na incapacidade de fuga, como uma rebelião contra a saúde e a ordem”.
“A condição puritana não suporta a causa obscena da fecundação e da multiplicação, esconde a origem genital de nossa conceção e do nosso nascimento, nega que o feito sublime da vida e do amor proceda do desejo, de um movimento sujo e violento entre pénis e vulvas, de uma paixão irreprimível e irremediavelmente violenta, e, claro, não tolera em absoluto a raiz sexual de nossas alegrias e das nossas dores”, afirma Angélica Liddell, citada pela apresentação do Teatro Nacional.
Falado em espanhol e italiano, com legendas em português, o espetáculo vai estar em cena na sala Garrett, com sessão às 21:00, na sexta-feira, dia 01 de fevereiro, e, às 19:00, no sábado, dia 2.
A encenação, cenografia e figurinos são de Angélica Liddell, que também interpreta juntamente com Antonio L. Pedraza, Antonio Pauletta, Borja López, Daniel Matos, Eduardo Molina, Joele Anastasi, Julian Isenia, Nuno Nolasco, Sindo Puche, Tiago Costa e Tiago Mansilha.
O desenho de luz é de Jean Huleu e o espetáculo é uma coprodução do Centre Dramatique National Orléans Val de Centre e dos teatros La Colline – Théâtre National e Teatros del Canal – Madrid, em colaboração com o Teatro Nacional D. Maria II.
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