“Os Testamentos” (“The Testaments”), da canadiana Margaret Atwood, livro vencedor do mais prestigiado prémio literário de língua inglesa, vai ser editado em Portugal pela Bertrand, no início de 2020.
Trata-se da sequela de “A História de uma Serva”, narrada por três personagens femininas, 15 anos após a cena final do primeiro livro.
“A História de uma Serva” será publicada na mesma altura pela mesma editora em versão de novela gráfica.
Outros livros que a Bertrand planeia lançar nos primeiros seis meses do ano são “Transcrição”, de Kate Atkinson, “Elevação”, de Stephen King, “Génesis”, de Robin Cook, “A Casa Alemã”, de Annette Hess, e “Tyll – O Rei, O Cozinheiro e o Bobo”, de Daniel Kehlmann, escritor alemão de quem esta editora publicou recentemente “Devias Ter-te Ido Embora”.
A outra vencedora ex aequo do Prémio Booker foi Bernardine Evaristo, que ficará na história por ter sido a primeira mulher negra a ganhar o prémio, com o livro “Girl, Woman, Other”, que a Elsinore vai publicar em junho.
A mesma chancela, pertencente ao grupo editorial 2020, vai lançar em Portugal o escritor holandês Benjamín Labatut, considerado um dos jovens autores internacionais do momento, com o romance “Um Terrível Verdor”.
A argentina Samanta Schweblin, já com três títulos na Elsinore, regressa às livrarias portuguesas em fevereiro com “Sete Casas Vazias”, e, no mês seguinte, Cláudia Andrade, a nova voz literária portuguesa que se estreou em setembro com “Quartos de Final e Outras Histórias”, chega com o romance “Caronte à Espera”.
“Quem Matou o Meu Pai”, do francês Édouard Louis, “Seis Formas de Morrer no Texas”, da espanhola Marina Perezagua, e “Stillicide”, de Cynan Jones, são as outras novidades da Elsinore.
A Cavalo de Ferro vai lançar “A Cripta dos Capuchinhos”, inédito em Portugal, do escritor austríaco Joseph Roth, um romance que retoma e conclui a história iniciada em “A Marcha de Radetzky”. Publicará também “O Homem da Forca”, uma das primeiras obras da norte-americana Shirley Jackson, mestre da ficção gótica e do suspense, romance igualmente inédito em Portugal.
“O Silencieiro”, de Antonio di Benedetto, chega em fevereiro, dando seguimento ao monólogo existencialista iniciado com “Zama”, a que se seguirão “Aproximadamente do Tamanho do Universo”, do islandês Jón Kalman Stefánsson, “Um Cemitério para Lunáticos”, de Ray Bradbury, e ainda “A Balada de Iza”, da húngara Magda Szabó.
A Cavalo de Ferro vai ainda dar à estampa “Menina”, o mais recente romance da multipremiada escritora irlandesa Edna O’Brien, um volume inédito em Portugal de ensaios do poeta e ensaísta polaco Zbigniew Herbert, “Natureza Morta com Brida”, uma edição especial em volume ilustrado de “Orlando Furioso contado por Italo Calvino”, adaptação do escritor italiano do famoso poema épico de Ludovico Ariosto, e aquele que foi o primeiro grande sucesso da escritora polaca vencedora do Nobel da Literatura Olga Tokarczuk, intitulado “Outrora e Outros Tempos”.
Um dos grandes destaques da Relógio d’Água é a publicação, em junho, de “A Vida Mentirosa dos Adultos”, da escritora italiana Elena Ferrante, autora que escreve sob anonimato e que se tornou conhecida graças ao romance “A Amiga Genial”, o primeiro volume de uma série designada como “tetralogia napolitana”.
Outros livros que a Relógio d’Água tem previstos para o primeiro semestre de 2020 são “Corpos Celestes”, de Jokha Alharthi, “O Atelier de Noite”, de Ana Teresa Pereira, “O Anjo Camponês”, de Rui Nunes, “Belos Vencidos” e “O Jogo Preferido”, de Leonard Cohen, e “Tonio Kröger”, “A Montanha Mágica” e “Buddenbrooks”, de Thomas Mann.
“Notas de Inverno sobre Impressões de Verão”, de Fiódor Dostoievski, “A Minha Luta 6: O Fim”, de Karl Ove Knausgård, “A Ladra de Fruta”, obra recente do Nobel da literatura deste ano Peter Handke, a “Quinta dos Animais”, de George Orwell, em romance gráfico, com ilustrações de Odyr, e o clássico “Mrs. Palfrey no Claremont”, da romancista inglesa Elizabeth Taylor, nunca antes editado em Portugal, são outras das novidades da editora dirigida por Francisco Vale.
A Porto Editora vai publicar mais um livro de contos de Mário de Carvalho, “Epítome de Pecados e Tentações”, a Assírio & Alvim publicará de novo “Silêncio para 4″ e “O Mundo à Minha Procura” (agora num único volume), de Ruben A., no momento do centenário do autor, e a Livros do Brasil vai editar “Os Anos”, de Annie Ernaux, livro finalista do Prémio Man Booker Internacional de 2019.
A Tinta da China destaca a aposta na literatura portuguesa com o novo livro da Matilde Campilho, “Flecha”, a segunda parte de “Eliete”, de Dulce Maria Cardoso, um novo romance do Rui Cardoso Martins, “As Melhoras da Morte”, um novo livro do Ricardo Araújo Pereira e um livro de BD da dupla Filipe Melo e Juan Cávia, “Balada para Sophie”.
A editora vai lançar também uma coletânea de ensaios literários, com coordenação de António Feijó, Miguel Tamen e João Figueiredo (feita em parceria com a Fundação Cupertino de Miranda, que vai inaugurar no próximo ano a Torre da Literatura, em Famalicão), que se vai chamar “Cânone — o Livro”, e que pretende isso mesmo, estabelecer um cânone literário português.
Na editorial Caminho vão sair os romances “O Último Mugido”, de Germano Almeida, e “O Livro do Deslembramento”, de Ondjaki.
A Quetzal tem na calha “O Ano do Macaco”, livro de memórias de Patti Smith, “Uma Ida ao Motel”, livro de contos de Bruno Vieira Amaral, e ainda os romances “No Princípio Era a Palavra”, de José Eduardo Agualusa, “Maio Tempos Duros”, de Mario Vargas Llosa, e “O Silêncio das Mulheres”, de Pat Barker.
As novidades da Dom Quixote incluem “Cartas para Miguel Torga”, com organização de Carlos Mendes de Sousa, “Sem Nunca Chegar ao Cimo”, de Paolo Cognetti, “A Educação dos Gafanhotos”, de David Machado, “A Guerra dos Pobres”, de Éric Vuillard, “Feel Free”, livro de crónicas de Zadie Smith, e “Quixote”, novo romance de Salman Rushdie, que esteve entre os finalistas do prémio Booker deste ano.
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