A decorrer no Lx Factory, em Alcântara, o cartaz da quarta edição do encontro conta ainda com a participação de arquitetos como Annette Gigon, Paulo Martins Barata, Marie Jose Van Hee e Tiago Mota Saraiva.
O evento, que tem como temas centrais os novos desafios de habitação e o ordenamento do espaço público, reforça este ano a abordagem do modo de vida nas cidades, ao “abraçar o caráter urbano” da LX Factory, depois de a edição do ano passado ter sido realizada no Parque das Nações.
“Quais as soluções para a escassez de espaços para habitação nas grandes cidades?” “O Turismo vai acabar com a habitação nos centros urbanos?” “De que forma se pode potenciar a vivência nos espaços públicos?” “O que nasce primeiro: habitação ou espaço público?” serão algumas das questões discutidas neste programa multicultural, que este ano reúne arquitetos da América Latina, Ásia e Europa.
O responsável pela organização do evento, Bruno Moreira, destaca a “excelência dos oradores” e “o carácter multicultural do programa desta edição” que irá debater temas que são atuais e do interesse do público.
Bruno Moreira fala da atualidade vivida no mercado imobiliário, em Portugal, e reforça que “é nesta dimensão que a multiculturalidade do programa ganha especial relevo”, uma vez que os problemas relacionados com o Turismo e com a realização de cada vez mais obras públicas podem ser novidade em Portugal, mas não o são para outros países, daí a importância do “contributo que oradores provenientes do Japão, do Chile, de França, Espanha, Bélgica, entre outros (...), podem trazer a esta discussão”.
O Archi Summit conta, entre outras atividades, com exposições, conferências e 'workshops' paralelos que terão lugar na sala XL do LX Factory, cuja decoração irá celebrar “a simbiose entre o bruto e quase devoluto”, inspirada no projeto de arquitetura, realizado para uma exposição em Nova Iorque, do arquiteto holandês Ren Koolhaas.
A cerâmica nacional vai constituir o elemento de destaque desta edição e, como tal, o 'layout' da mostra vai ter um auditório central que se fará rodear da área de exposições destinada ao 'networking'.
O primeiro dia do encontro, 12 de julho, é dedicado ao espaço público e as conferências realizam-se a partir das 10:30.
A primeira conferência conta com a participação dos arquitetos Gonçalo Byrne, João Luís Carrilho da Graça, Pedro Dinis e Paula Melâneo.
Na parte da tarde, das 14:30 às 19:00, vão ter lugar as apresentações de projetos da arquiteta belga Marie Jose Van Hee, da dupla catalã do ateliê Ted’A Jaume Mayol e Irene Pérez Pirrefer, que foram recentemente distinguidos com os prémios de Fomento das Artes e do Desenho (FAD)- prémios ibéricos de arquitetura -, e do ateliê Pezo, oriundo do Chile.
No segundo e último dia, as conferências começam novamente às 10:30 e contam com a participação dos arquitetos portugueses Paulo Martins Barata, Tiago Mota Saraiva, Paulo Marques Correia e Catarina Almada.
Na parte da tarde, a partir das 14:30, dá-se lugar às apresentações de projetos internacionais, e vão estar em exposição projetos do arquiteto japonês Junya Ishigami, da arquiteta suíça Annette Gigon e do ateliê francês Bruther.
A organização do evento espera um aumento de certa de 30% do número de participantes em relação ao ano passado, que já bateu o recorde de 1000 inscritos.
O Archi Summit é um encontro internacional de arquitetura realizado por iniciativa da Modal Creativity em conjunto com várias organizações do setor de arquitetura e, ao longo das três edições, já reuniu arquitetos como Álvaro Siza, Aires Mateus, Johannes Norlander e Valerio Olgiati, entre outros.
As duas primeiras edições foram realizadas no Porto, no Silo Auto e no Antigo Matadouro Industrial de Campanhã, e a edição de 2017, no Pavilhão de Portugal, em Lisboa.
Nos passados dias 06 e 07 de junho, tinham sido realizadas conferências, em Lisboa e no Porto, que antecederam o evento, nas quais foi discutido o trabalho das mulheres na arquitetura.
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