O dia de hoje é também marcado pela estreia de “Body-Buildings”, do português Henrique Pina, que cruza cinema, a dança de Tânia Carvalho, Vera Mantero, Olga Roriz, Paulo Ribeiro, Victor Hugo Pontes e Jonas & Lander, e a arquitetura de Álvaro Siza, Souto de Moura, Aires Mateus, Carrilho da Graça e João Mendes Ribeiro.

Com uma programação de 36 filmes dedicados à arquitetura, o festival decorre desde o passado dia 01, sob o tema “Bodies Out Of Space”, e a preocupação de abordar a construção social do espaço, as suas próprias narrativas de domínio e identidade, assim como de marcar o “labirinto de desigualdades”, descendentes diretas da exploração desse espaço.

Além da seleção oficial e competitiva, o festival abordou Angola, país onde a história e a sucessão de regimes teve tradução na arquitetura e na memória coletiva, numa escolha com curadoria da jornalista, escritora e produtora Marta Lança, editora da plataforma Buala.

Entre os filmes deste país, apresentados no certame, conta-se “Ar Condicionado”, de Fradique, incluído na competição para Melhor Longa Metragem de Ficção, e os documentários “Do Outro Lado do Mundo”, de Rui Sérgio Afonso, e “Para Lá dos Meus Passos”, de Kamy Lara, três títulos com a marca da produtora angolana Geração 80.

Ao longo dos seis dias de festival foram ainda exibidos “Elinga Teatro 1988/2018”, de Paulo Azevedo, “Afectos de Betão — Zopo Lady”, de Kiluanji Kia Henda, inspirado no primeiro capítulo de “Mais um dia de vida”, do jornalista polaco Ryszard Kapuscinski, “Luanda: A Fábrica da Música”, de Inês Gonçalves e Kiluanji Liberdade, “O Herói”, de Zezé Gamboa, “A Ilha dos Cães”, de Jorge António, e “Cartas de Angola”, de Dulce Fernandes.

Foi ainda projetado o histórico filme de Ruy Duarte de Carvalho “Uma Festa Para Viver”, que acompanhou os 15 dias anteriores à independência de Angola, em 1975, numa contagem decrescente que retrata as expectativas de trabalhadores da TAP e de uma família do Bairro do Cazenga, em Luanda.

Ao todo, o festival – que em 2020 não se realizou por causa da pandemia – exibou 36 filmes de mais de uma dezena de países, envolvendo documentário, ficção, animação e obras experimentais, todos com a marca da arquitetura contemporânea. Os prémios visam as categorias de Novos Talentos, Melhor Ficção, Melhor Filme Experimental e o Prémio do Público.

Concebido pela Do You Mean Architecture e pelo Instituto, o Arquiteturas conta com apoio à produção da EGEAC e do Cinema São Jorge, em Lisboa.

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