As quatro entradas de Cem Soldos fecham-se na sexta-feira para, durante quatro dias, só abrirem aos festivaleiros que aceitem o desafio de “viver a aldeia”, onde todos os espaços são dedicados ao festival organizado pelo Sport Club Operário, e que envolve toda a comunidade local.

José Cid recupera o álbum de rock progressivo "10.000 anos depois entre Vénus e Marte", de 1978, um dos destaques do cartaz que fecha com Rodrigo Leão, tendo pelo meio as atuações de Manuel Fúria, Gove Salvation, Capitão Fausto, Virgem Suta, Filipe Sambado, Señoritas, Mão Morta, Né Ladeiras, Moços da Vila, Txiga, Joana Barra Vaz, Samuel Úria, Orelha Negra, Paulo Bragança, LST, Marco Luz e Frankie Chavez, entre outros.

Ao todo serão 45 concertos para todos os públicos a subir aos oito palcos da aldeia: Lopes-Graça (para a música de raiz tradicional), Aguardela (para DJ), Eira (para os novos sons), Giacometti (para projetos alternativos), Igreja de S. Sebastião (para o projeto Música Portuguesa a Gostar Dela Própria), adro da capela (para música tradicional, rural e urbana), Auditório (música de vanguarda) e Garagem (para músicos amadores).

Uma parceria com a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) contribui este ano para o aumento de manifestações paralelas com aulas sobre o burro mirandês e uma ‘burroteca’ que leva livros e histórias a vários locais da aldeia.

Ainda no campo das parcerias, a Materiais Diversos e o Festival Curtas em Flagrante têm a seu cargo atividades como espetáculos de arte performativa e projeção de um conjunto de curtas-metragens, que culmina com a apresentação de um novo filme de Tiago Pereira sobre o cante alentejano.

Na sua 11.ª edição o Bons Sons aposta ainda na “redução da pegada ecológica”, divulgou à Lusa Luís Ferreira, da organização, adiantando que, “no Espaço Criança, haverá, de hora a hora, atividades ligadas à ecologia, que reforçam a visão ecológica do festival que incentiva à redução e consumos, com torneiras de redução de caudal, introdução gradual de casas de banho secas e a retirada definitiva dos copos de bebidas descartáveis”.

Este ano não haverá copos de plástico e, além do icónico púcaro de alumínio, um símbolo do festival que pode ser adquirido no recinto, a organização vai disponibilizar uma caneca de plástico, reutilizável, que pode ser devolvida ao final do dia.

Nesta edição o festival disponibiliza também “mais serviços para as famílias e um segundo campismo, em alternativa aos parques de campismo grátis, para pessoas que não se importam de pagar, mas que querem mais condições”, acrescentou o responsável da organização.

Com um conceito comunitário único no país, o Festival Bons Sons promove uma relação de proximidade entre o público e os habitantes da aldeia, que cedem quintais para instalar restaurantes, pomares para parques de estacionamento e de campismo e, este ano, abrem as portas de casa para receber os músicos em momentos de partilha, sem hora marcada.

Em resposta ao repto “vem viver a aldeia”, um dos 'slogans' do festival cujos vídeos promocionais são também produzidos e protagonizados pelos habitantes, a organização espera este ano atrair 35 mil festivaleiros durante os quatro dias do certame.

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