A Unesco, a agência cultural da ONU, anunciou que passa a incluir esta arte de mais de quatro séculos, que mistura figurino, drama e música, na lista do Património Cultural Imaterial, onde também constam exemplos como o Fado ou o Cante Alentejano.

A ópera italiana desenvolveu-se no final do século XVI e início de XVII em Florença, na corte da família Medici.

O canto lírico junta-se agora a outras práticas italianas famosas, como fazer pizza napolitana e a arte de escalar os picos alpinos, todos estes também parte do Património Cultural Imaterial da Unesco.

“Esta é uma confirmação oficial do que já sabíamos: o canto lírico é uma excelência mundial”, disse o ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, num comunicado após a decisão da Unesco.

A Unesco descreveu a ópera italiana como "uma forma de cantar fisiologicamente controlada que aumenta o poder de transmissão da voz em espaços acústicos como anfiteatros e igrejas".

Acrescentou que a arte promove “a coesão coletiva e a memória sociocultural”, além de ser “um meio de expressão livre e de diálogo intergeracional”.