O monarca de 75 anos, que retomou os compromissos públicos no final de abril, depois do anúncio de que tinha contraído um cancro do qual se conhecem poucos detalhes, participou neste evento ao lado da rainha Camilla e do príncipe de Gales, William.

"Enquanto agradecemos aqueles que tanto deram para conquistar a vitória que comemoramos hoje, comprometemo-nos novamente a lembrá-los e honrá-los", disse o rei a uma multidão que abanava milhares de pequenas bandeiras de Inglaterra.

"Oito décadas depois, é quase impossível imaginar as emoções que sentiram nesse dia, o orgulho de ser parte de tão grande missão, a angústia de não estar à altura da tarefa e o medo de que esse dia fosse o último", acrescentou.

Organizado no mais absoluto sigilo pelos americanos, britânicos e pela resistência francesa, o Desembarque na Normandia a 6 de junho abriu caminho para a derrota da Alemanha Nazi e acelerou o fim da Segunda Guerra Mundial.

O veterano Roy Hayward, que tinha 19 anos de idade durante a Operação Overlord, disse num discurso que sempre se considerou “um dos sortudos que sobreviveram”.

O ex-soldado britânico, que teve a suas pernas amputadas durante a guerra, queria “honrar a memória” dos homens e mulheres que “colocaram as suas vidas em risco para lutar pela democracia e por este país”.

Carlos III, que é comandante-chefe do Exército britânico e serviu na Marinha e na Força Aérea, viajará para a França para participar de uma cerimónia no memorial britânico em Ver-sur-Sea, na Normandia, na quinta-feira.

A viagem será a primeira visita do monarca ao estrangeiro desde que comunicou ao mundo e ao Reino Unido ter cancro.

O primeiro-ministro Rishi Sunak, o príncipe herdeiro de Gales e veteranos de guerra britânicos também vão participar na comemoração internacional do Dia D na praia de Omaha, na Normandia, que irá contar com a presença de vários chefes de Estado, incluindo Joe Biden, dos EUA, e Volodomir Zelensky, da Ucrânia.