“Paula Rego: Anos 80″ reúne 52 obras de grandes formatos, na sua maioria provenientes de coleções particulares, algumas delas inéditas.
De acordo com o museu, a exposição apresentará algumas obras que nunca foram exibidas em Portugal por terem sido vendidas em Londres, na década de 1980.
Também hoje, a Casa das Histórias inaugura no seu espaço a exposição de 34 obras selecionadas para a terceira edição do Prémio Paula Rego, de alunos da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL).
O concurso, em terceira edição, resultado de um convite que Paula Rego fez à FBAUL, “irá ter continuidade, em 2020, alargado a outras instituições de ensino artístico, ainda a serem consideradas”, indicou à agência Lusa a coordenadora daquela entidade, Catarina Alfaro.
“Paula Rego: Anos 80″ reflete uma década que coincide com mudanças pessoais, sociais e artísticas que provocaram em Paula Rego um sentimento de liberdade em relação às expectativas impostas quanto ao modo de “fazer arte”, e que se traduziria numa reformulação do seu processo de trabalho, segundo a Casa das Histórias.
A partir de 1981, Paula Rego deixa definitivamente de introduzir colagens nas suas obras, numa atitude de libertação artística e de rutura que lhe dará um “novo fôlego criativo”.
A vida conjugal, a paixão, o ciúme, a infidelidade, a vingança, temas que surgem na série “Macaco Vermelho”, de 1981, são explorados com crueza e humor, e “não se deixam condicionar pelos limites de uma moralidade convencional”.
As obras da exposição estão distribuídas por sete salas da Casa das Histórias, e contam, entre outros, com os temas “As Óperas” (1983), sobre o drama e comédia nas relações humanas, sem artifícios nem heróis.
Noutras salas estão “As Vivian Girls” (1984), a “Homenagem a Dubuffet”, “Dentro e fora do mar”, “As fábulas” de La Fontaine, e a série “Menina e cão”.
A exposição ficará patente até 26 de maio de 2019.
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