A 40ª edição do Cinanima - Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho arranca na segunda-feira com 76 filmes a concurso, selecionados entre as 1.331 inscrições que constituíram um recorde absoluto na história do evento.

Na segunda-feira à noite, a cerimónia oficial de arranque do certame não será aberta ao púbico, mas, a partir daí e até domingo seguinte, a organização anuncia "50 programas diferentes para profissionais, amadores e fãs de todas as idades, para se celebrar as quatro décadas do mais antigo festival português e o terceiro de animação mais antigo do mundo".

António Cavacas, membro da comissão organizadora do evento, defendeu em declarações a jornalistas, que a programação de 2016 não se fará do que se consideram novidades.

"Sob o mote '40 anos a divulgar a magia do cinema animado', os destaques desta edição centram-se na celebração do aniversário, para apresentarmos ao público e convidados uma perspetiva diferente sobre como assinalar uma data tão significativa", afirmou.

Nesse sentido, a componente não-competitiva do festival também procurou "escolher e organizar um programa que evoque esta efeméride numa perspetiva global, mostrando a evolução da indústria e dos circuitos criativos do cinema animado nestes 40 anos, a nível nacional e internacional", referiu.

Entre sessões competitivas, retrospetivas, exposições, workshops e marterclasses, o programa do Cinanima de 2016 reparte-se por diferentes espaços culturais da cidade de Espinho e tem este ano como uma das suas principais propostas o ciclo "40 anos, 40 filmes", que apresentará uma obra por cada ano de festival, explicou António Cavacas.

Essa seleção não recairá necessariamente sobre as películas vencedoras de cada edição, já que, como realçou o membro da organização do certame, o programa incluirá, por exemplo, a longa-metragem húngara "Tempos Heróicos", em que József Gémes adapta o poema épico do século XIX que conta a lenda de Miklós Toldi, um dos principais heróis do folclore do seu país.

"Este é um filme que marca a memória de muitos que, no Cinanima de 1983, aclamaram a sua qualidade e se sentiram desiludidos por o júri do festival lhe ter atribuído apenas uma menção honrosa", recordou outra fonte ligada ao evento, acrescentando que "trinta e três anos depois, a organização do Cinanima repõe a justiça e dá à longa-metragem o destaque merecido".

Dentro do mesmo espírito, a 40.ª edição do festival também pretende celebrar a animação portuguesa e, em retrospetiva, apresenta uma seleção dos melhores filmes realizados por três estúdios nacionais que este ano assinalam 25 anos de produção: o Anilupa, o Animais e a Animanostra.

"Estas produtoras são a prova do boom da animação portuguesa nos anos 90 e o festival de Espinho sempre foi o seu maior impulsionador", realçou a fonte da organização, atribuindo ao relacionamento entre os estúdios nacionais e o certame como um contributo decisivo para a formação de públicos jovens e o aparecimento de novos realizadores portugueses.

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