Esta instituição do ensino superior tem oito estudantes da Síria, seis dos quais reencaminhados pela plataforma criada pelo ex-Presidente da República Jorge Sampaio.
“A Universidade de Coimbra encarrega-se das propinas, mas há depois uma série de custos, como o alojamento ou refeições, que são angariados por essa estrutura” do antigo chefe de Estado, explicou à agência Lusa a vice-reitora Clara Almeida Santos, referindo que o concerto tem o propósito de “aliviar a carga” da Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios.
O espetáculo da artista Yolanda Soares realiza-se no âmbito do Concerto Coimbra Solidária, uma iniciativa que a Universidade de Coimbra (UC) promove desde 2012, convidando artistas para tocar por uma boa causa.
Yolanda Soares, que já tinha gravado um ‘videoclip’ na Biblioteca Joanina para o seu último trabalho, “Royal Fado”, aceitou o desafio da UC, abdicando “totalmente do ‘cachet'” e suportando “as despesas técnicas do espetáculo”.
No TAGV, a artista vai apresentar o seu último álbum, lançado em 2016, que “é mais do que fado”, conta.
“É inspirado nos fados de Amália, mas de uma época muito específica, em que decidiu cantar poemas muito eruditos”, num repertório que “é conhecido como as óperas da Amália”, contou à Lusa Yolanda Soares.
Os temas lembram “um pouco o romantismo de Puccini, mas também há influências de flamengo, de tango ou de música oriental”, refere, considerando que vai ser um concerto “inspirado no fado”, mas que acaba por se fundir com vários géneros, nomeadamente a música erudita, o canto lírico e a ópera.
Para o espetáculo, Yolanda Soares vai contar com a participação do grupo coral Alma de Coimbra, do barítono Diogo Oliveira e dos bailarinos Horus Mozarabe e Marta Chasqueira.
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