“A educação sentimental dos pássaros”, editado pela , reúne onze contos, onze cenários e onze possibilidades, que refletem a mesma preocupação sobre a origem e a natureza do mal: como é que o pequeno Jonas se transformou em Savimbi, por exemplo.

Esta é a personagem do primeiro conto do livro, que dá título a esta coletânea de histórias “inesperadas e mágicas”, que assentam no pressuposto de que “anjos e demónios caminham entre nós e nem sempre se distinguem uns dos outros”, descreve a editora.

“Por vezes as personagens aparecem-nos na vida real, e quando damos conta já não estão instaladas nas páginas em que trabalhamos, conversando, sofrendo, amando, conduzindo a ação. Percebemos logo que algumas pertencem ao nosso universo. São personagens de fantasia”, diz o autor, logo na abertura do livro.

A editora acrescenta que José Eduardo Agualusa é um autor do mundo, que vive entre ideias, realidades, sonhos e medos: joga com as palavras, vira as possibilidades ao contrário.

“Às vezes as histórias aparecem-lhe enquanto dorme. Nunca sabe como terminará uma personagem que lhe surgiu mesmo que seja um anjo. Ou um demónio. Esta imprevisibilidade torna-o ímpar no panorama da grande literatura”, acrescenta.

Um dos contos desta coletânea é um “sermão em parábolas”, cuja atual versão é muito diferente daquela que foi publicada originalmente em 1986, nas páginas de um suplemento do Diário de Notícias.

A Educação Sentimental dos Pássaros
créditos: Quetzal Editores

Os contos “O quarto anjo”, “Filosofia de elevador”, “Disse chamar-se Escuridão” e “Uma pessoa quase normal” foram publicados pela primeira vez nas páginas da revista Pública, enquanto “A última fronteira” saiu originalmente na revista brasileira “Bravo”, e “Rio negro” foi publicado na revista “Ler”.

Há um outro conto, intitulado “Hillary”, que é uma adaptação de um monólogo que o autor escreveu para a atriz brasileira Marília Gabriela, levado à cena com o título “Aquela mulher”, e para o qual se baseou em alguma literatura sobre Hillary Clinton.

Para escrever o conto que dá título ao livro, Agualusa recorreu a artigos de jornais e a alguns livros sobre Savimbi, a única personagem não ficcional deste conjunto de contos.

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