A atividade está marcada para sábado de manhã, junto ao posto de turismo de Estremoz, no distrito de Évora, e é dedicada ao tema "A Química e a cor - Jardins de Sílica e relógio químico", segundo divulgou hoje a instituição.

Considerando que as experiências científicas podem misturar-se com batatas e galinhas, o Centro Ciência Viva monta, uma vez por mês, no mercado de sábado, em Estremoz, a sua bancada, idêntica à dos comerciantes de frutas, legumes e animais, para divulgar a ciência, no projeto "Ciência no Mercado".

A escolha de um espaço dentro do mercado da cidade para comunicar ciência "assenta na importância que este local assume para a população" da região, refere o Centro Ciência Viva.

O mercado tradicional, que decorre todos os sábados de manhã, no Rossio Marquês de Pombal, dando um movimento diferente ao centro da cidade, é considerado um dos ex-líbris de Estremoz.

Semanalmente, o campo vai à cidade, levando, entre outros produtos, frutas, hortaliças, cereais, azeite, queijos, azeitonas e enchidos, mas também animais, que podem ser adquiridos diretamente ao produtor.

A iniciativa está integrada na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, que conta com várias atividades do Centro Ciência Viva de Estremoz.

Em paralelo com o mercado tradicional, decorre também ao sábado de manhã uma Feira de Antiguidades e Velharias, "a maior do Alentejo nesta área", que permite aos visitantes viajar no tempo, através dos objetos e artigos expostos nas bancas improvisadas ou no chão.

"Títeres de Ciência" estreiam espetáculo no domingo

Um espetáculo de marionetas que "explora uma fusão entre a tradição popular e a ciência" tem estreia marcada para domingo no Teatro Bernardim Ribeiro, em Estremoz, no âmbito da iniciativa do Centro Ciência Viva (CCV) da cidade.

Inspirado no modelo dos "célebres" Bonecos de Santos Aleixo, marionetas tradicionais manipuladas por atores do Centro Dramático de Évora (Cendrev), o espetáculo dos "Bonecos das Maltezas, Títeres de Ciência" é dedicado à temática "Auto do Universo, o Sistema Solar".

Este espetáculo, apresentado domingo, a partir das 16:00, pela companhia de teatro Centelha Criativa, do Porto, com entrada gratuita, está integrado na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia.

"Personagens de caráter popular como o Mestre-Salas e o Padre Chancas, dos Bonecos de Santo Aleixo, interagem com outras personagens, reais da história da ciência, como Aristóteles, Ptolomeu, Copérnico, Galileu, Tycho Brahe, Kepler, Newton e Einstein, para em conjunto explicarem e contarem a evolução das várias e diferentes teorias da constituição do Sistema Solar", explica o CCV de Estremoz, no distrito de Évora.

O projeto "Bonecos das Maltezas, Títeres de Ciência" pretende criar uma série de espetáculos por todo o país com conteúdos científicos e tecnológicos, utilizando títeres tradicionais como forma privilegiada de transmissão de conhecimentos, fazendo a "fusão de uma forma inovadora entre a tradição artística popular e a ciência atual".

"Enquanto ferramenta de divulgação da atividade artística com linguagem científica, os 'Bonecos das Maltezas' são uma criação que cruza duas vertentes de conhecimento, o popular/tradicional e o científico", explica o CCV de Estremoz, reconhecendo que foi através dos Bonecos de Santo Aleixo, um género de teatro popular no Alentejo, "que se inspirou a concretização desta fusão".

O projeto "Bonecos das Maltezas, Títeres de Ciência", segundo o CCV, ganhou o terceiro lugar na categoria "projetos em fase de elaboração e/ou planeamento" da sexta edição do Prémio Ibero-Americano de Educação e Museus, promovido pela Ibermuseus, sediada no Brasil, entre 147 projetos a concurso em 2015, provenientes de 12 países.

Os Bonecos de Santo Aleixo foram em 1980 "tirados do esquecimento" pelo Cendrev, que "até hoje dinamiza este importante património cultural do Alto Alentejo".

À semelhança dos bonecos tradicionais, nos 'Bonecos das Maltezas' a forma de comunicação privilegiada são os autos, espetáculos normalmente de curta duração sobre um tema específico.

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