O filme-concerto acontece às 17:30 no Teatro Municipal de Vila do Conde, que recebe, à noite, “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, que se estreou em Cannes, no passado mês de maio.
Pelas 23:30, a mesma sala recebe o documentário sobre os 25 anos do álbum “Mutantes S. 21”, de João de Sá, seguido de uma sessão de perguntas e respostas.
O evento, que se realiza entre hoje e 14 de julho, tem vindo a ser preparado no último ano e, além dos 257 filmes que serão exibidos, contempla ainda uma série de atividades culturais paralelas, nomeadamente ligadas à arte e à música.
"Pretendemos que este seja um espaço de descoberta de novos autores e de confirmação de outros. De forma transversal, o Curtas tem uma aposta muito forte no cinema português e, se não o maior, é um dos grandes palcos do cinema português da atualidade", disse Nuno Rodrigues, codiretor do festival, aquando da apresentação do evento.
Neste âmbito do cinema português, que volta a ocupar a sala e horário nobre do festival, serão exibidos 16 filmes em estreia, na competição nacional, cinco filmes que marcaram o panorama do último ano e mais 16 filmes de escola.
A organização pretende continuar a promover uma nova geração de realizadores portugueses, alguns já com reconhecimento em festivais internacionais, como Gabriel Abrantes, Diogo Costa Amarante, Diogo Baldaia ou Sofia Bost, mas também novos valores como Maureen Fazendeiro, Alex Siqueira e Laura Carreira.
Também na programação do Curtas está contemplada a revisitação de trabalhos de outros realizadores nacionais, como as obras mais recentes de Susana de Sousa Dias ("Fordlândia Malaise"), Jorge Jácome ("Past Perfect"), Catarina Mourão ("O Mar Enrola na Areia"), Sílvia das Fadas ("A Casa, a Verdadeira e a Seguinte, Ainda Está por Fazer") e Helena Estrela ("Bela Mandil").
O programa terá, ainda, a projeção de obras dedicadas ao 50.º aniversário da morte de José Régio e ao centenário do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen, nomeadamente o documentário do realizador João César Monteiro, assim como um espaço dedicado a vídeos de música que demonstram particular relação com a linguagem cinematográfica, em que se destacam obras de Bruno Ferreira, Pedro Maia, André Carrilho, Rui Clara Gomes, Mantraste, Diogo Tudela e Leonor Teles.
Além da competição internacional, com um vasto leque de obras vindas de diferentes países e de uma competição experimental, esta edição do Curtas volta a apostar na secção "Take One!", dedicado ao cinema de escola, com uma seleção de trabalhos produzidos por alunos portugueses em escolas nacionais, e também numa secção infantojuvenil, com cinema e oficinas pensadas para crianças, jovens e famílias.
"Acreditamos que a programação que preparemos vai ao encontro de muitos tipos de público. Vai ser possível revisitar filmes da história do cinema, mas também ser surpreendido com descobertas de autores menos conhecidos. Queremos, também, continuar a ir ao encontro das famílias e de um público mais jovem, para os habituar e cativar a participar no festival. Temos de continuar a promover essa ligação com todos", apontou Miguel Dias, outro dos diretores do evento.
No festival serão estreados os dois primeiros episódios da primeira série da dupla Marco Leão e André Santos, "Luz Vermelha", inspirada na história das Mães de Bragança, e é dada “carta-branca” ao realizador João Nicolau, no 20.º aniversário da Agência da Curta Metragem.
Em foco estarão também as obras de Todd Solondz e Carlos Conceição, e filmes-concerto de Thurston Moore, The Heliocentrics e Montanhas Azuis.
A programação envolve ainda curtas-metragens do cineasta arménio Sergei Parajanov.
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