B.Leza, Casa Independente, Casa do Capitão, DAMAS, Hot Clube de Portugal, Lounge, Lux Frágil, Musicbox, RCA Club, Titanic Sur Mer, Valsa e Village Underground Lisboa reabrem, segundo a associação Circuito num comunicado hoje divulgado, em maio e junho “pontualmente” com uma programação “que reúne 120 atividades e envolve 480 artistas e outros profissionais da música”.
Esta programação é “o resultado visível” de um apoio da Câmara Municipal de Lisboa a estas salas, “com vista a assegurar a sobrevivência destes espaços, num projeto que viabiliza também o regresso de artistas aos seus palcos”.
A programação inicia-se em 03 de maio, e as atividades agendadas irão “respeitar as medidas e orientação da Direção-Geral da Saúde em vigor”.
A lista de artistas já confirmados inclui, entre muitos outros, Amaura, Aurora Pinho, Cachupa Psicadélica, Cancro, DJ Marfox, dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS, Éme e Moxila, Fast Eddie Nelson, Fogo Fogo, Gala Drop, Império Pacífico, Joana Machado Trio, Jon Luz, LOT, Lourenço Crespo, Mano a Mano + Rita Redshoes, Maria Reis, Mary B, Milton Gulli, Mynda Guevara, Narciso, P.S. Lucas, Primeira Dama, Rastronaut, Ricardo Toscano Trio, Scúru Fitchádu, Sreya, Tropa Macaca, Venga Venga, Violeta Luz e Zé Eduardo Trio.
Alguns destes espaços, caso do B.Leza, do Musicbox, do Titanic Sur Mer ou do RCA Club, estão encerrados desde março do ano passado. Ou seja, há mais de um ano.
Embora as salas de espetáculos tenham podido reabrir no ano passado, a partir de 01 de junho, e este ano, desde segunda-feira, para estes e outros espaços tal não lhes permitiria sobreviverem.
“A nossa reabertura, no sentido de sermos viáveis, só pode contar a partir do momento em que isso seja possível [reabertura dos espaços de dança], porque este tipo de salas pequenas, de programação, não é viável só a fazer um espetáculo. Mesmo que não houvesse limitações para a componente de espetáculos, estas salas só são possíveis se trabalharem em horários muito prolongados e se trabalharem a componente de ‘clubbing’. Tudo o que não seja isto não torna viável estes projetos”, explicou à agência Lusa Gonçalo Riscado, diretor da CTL, empresa proprietária do Musicbox, em março deste ano.
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) anunciou, em novembro do ano passado, que iria apoiar as salas e clubes com programação musical, no valor de 600 mil euros, no âmbito do plano de apoio às empresas, emprego, famílias e associações, criado na sequência do agravamento do contágio da covid-19 e do impacto económico e social das novas restrições à circulação.
O apoio da CML a estes espaços, refere a Circuito no comunicado hoje divulgado, “garantiu a sobrevivência destas salas durante os meses de inverno através da compensação do prejuízo mensal provocado pelos custos fixos, mantidos desde março de 2020, que não são visados por outras medidas de apoio extraordinárias criadas para fazer face ao impacto causado pela pandemia”.
“Sem condições que viabilizem uma abertura financeiramente sustentável, este apoio da CML possibilita também que as salas de programação de música abram pontualmente as suas portas para estender este apoio a artistas e outros profissionais, promovendo um programa artístico diversificado para a cidade e uma relação de confiança com os públicos. A iniciativa vai também contribuir para devolver alguma da expressão cultural a Lisboa, cidade que se demonstra, uma vez mais, determinada em procurar formas de resistir à paralisação desta atividade”, refere a associação, que surgiu no ano passado e junta 26 salas de programação musical de todo o país.
Para a associação Circuito, este apoio da CML é “um importante passo no reconhecimento e valorização da importância social, cultural e económica das salas com programação própria de música ao vivo e do seu contributo primordial para o ecossistema da música atual portuguesa”.
Toda a informação sobre a programação das 12 salas em maio e junho, bem como horários e bilheteira, pode ser consultada em www.lisboa.circuito.live.
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