Numa nota, a Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML) avançou que, na terça-feira, “o Palácio Nacional da Pena reabre ao público, mas o Castelo dos Mouros, o Convento dos Capuchos, o Parque da Pena, o Chalet da Condessa d’Edla e o Palácio de Monserrate vão permanecer fechados até sexta-feira, sendo previsível a reabertura no sábado”.

“A visitação ao Palácio Nacional da Pena vai ser retomada, mas o acesso ao palácio encontra-se condicionado através de baias colocadas ao longo de todo o caminho que permite aceder ao monumento”, explicou a sociedade de capitais públicos que gere os jardins históricos e monumentos na serra.

Até ao momento, a PSML identificou “a queda de 350 árvores”, devido aos fortes ventos e precipitação provocada pela depressão Martinho no perímetro florestal de Sintra, na madrugada de 20 de março.

“No entanto, devido às dificuldades de deslocação e obstrução de vias, ainda não foi possível apurar os dados em parte significativa das tapadas e perímetro florestal da Serra de Sintra”, acrescentou a empresa.

A sociedade referiu que, apesar da previsão de abertura de outros monumentos localizados no perímetro florestal da Serra de Sintra avançada no domingo, “as avaliações, nas últimas 24 horas, quanto à instabilidade de muros e taludes, inviabilizaram a reabertura” de monumentos sob a sua gestão, “em virtude de não estarem restabelecidas as condições necessárias de segurança”.

“A circulação no interior do perímetro florestal continua também seriamente afetada, não sendo ainda possível garantir condições de segurança nas vias de acesso aos monumentos que permanecem encerrados”, notou.

A Serra de Sintra registou nas últimas semanas elevados níveis de precipitação que levaram a uma grande saturação de água nos solos e a recente passagem da depressão Martinho agravou a situação, “provocando uma instabilidade generalizada na zona florestal”, não permitindo o acesso normal à área “nas próximas semanas”, estimou a PSML.

Os trabalhos intensivos de limpeza das árvores caídas estão em curso há vários dias, mas a sociedade salientou que a ação “não elimina totalmente o risco de queda de outras árvores” e “a estabilidade e segurança de muros, taludes e estradas encontram-se seriamente comprometidas”, decorrendo “uma avaliação detalhada dos riscos e da extensão dos danos”.

“A avaliação e a monitorização irão continuar, em colaboração com o município e outras entidades relevantes, sendo prioridade da Parques de Sintra restabelecer, em primeiro lugar, as condições de segurança nos locais com maior número de visitantes”, assegurou a empresa, reiterando os apelos da Proteção Civil de “precaução na circulação no interior do perímetro florestal, que permanecerá fortemente condicionada nos próximos dias”.

Fora do perímetro florestal, o Palácio Nacional e Jardins de Queluz, o Palácio Nacional de Sintra e as instalações da Escola Portuguesa de Arte Equestre, em Belém (Lisboa), também geridos pela PSML, continuam abertos, como habitualmente.