A realizadora de 40 anos, também atriz e argumentista, vai suceder, entre 14 e 25 de maio próximo, ao sueco Ruben Östlund, cujo júri atribuiu este ano a Palma de Ouro a 'Anatomia de uma Queda'.

É “a primeira cineasta norte-americana a assumir” esta função, sublinhou a organização do festival. E a presença trará um sopro de juventude à Croisette: Cannes não tinha uma presidente tão jovem desde Sophia Loren e os seus 31 anos em 1966.

É também a primeira realizadora desde a atriz Cate Blanchett, em 2018, a assumir este prestigiado cargo, onde os homens continuam a estar sobrerrepresentados, com exceções notáveis como Jane Campion e Isabelle Huppert.

“Amo profundamente os filmes”, afirmou a realizadora norte-americana, num comunicado do festival.

“Adoro fazê-los, adoro ir vê-los, adoro falar sobre eles durante horas. Como cinéfila, Cannes sempre foi para mim o auge do que a linguagem universal do cinema pode representar.”

'Barbie', protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling, domina a corrida aos Globos de Ouro, com nomeações em nove categorias. Lançado no verão, o filme arrecadou mais de 1,44 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) em todo o mundo.

Além desta comédia louca com uma mensagem feminista, cujo argumento coescreveu, Greta Gerwig afirmou-se como “a musa do cinema independente norte-americano”, referiu a mesma nota.

Realizou 'Lady Bird' (2017) e 'The Daughters of Doctor March' (2020), está a preparar uma adaptação de 'As crónicas de Nárnia' para a Netflix e também atuou em mais de 20 filmes.

“Greta Gerwig encarna corajosamente o renascimento do cinema mundial” e “surge também como representante de uma época que procura abolir as fronteiras e misturar os géneros para fazer triunfar a inteligência e o humanismo”, afirmaram a presidente do festival, Iris Knobloch, e o delegado geral, Thierry Frémaux.