São duas jovens, a Beatriz com 25 anos e a Patrícia com 23. Apaixonadas pela arte da representação, decidiram criar e produzir um espetáculo infantil que além de promover a participação dos mais novos, estimula a consciência ambiental, não tivesse a peça o nome O Ritmo da Semente.

Neste espetáculo, que as jovens querem ver as escolas e as autarquias apostarem, as duas atrizes prometem, num primeiro momento da peça, contar "o que é viver em sociedade sem tempo", referindo que para tal é "necessário parar para ouvir esta história sobre a Semente que também ela decidiu travar a correria do dia-a-dia para observar o sol, a chuva e o vento".

No segundo momento surge então a interação com o público infantil. As duas propõem-se a plantar esta sementes com os mais novos, ao mesmo tempo que contam a história das ditas aos mais pequeninos, que receberão uma semente e um recipiente reciclável.

A escolha dos mais novos, nesta peça, não é por acaso, por partes destas duas licenciadas em teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Se os adultos já estão habituados a um ritmo de vida demasiado acelerado, imposto pelo tal mundo cada vez mais digital, as crianças poderão, no futuro, abrandar esse mesmo ritmo.

O primeiro espetáculo teve lugar já este ano, na Quinta Pedagógica dos Olivais, mas a ideia é crescer cada vez mais, havendo projetos além fronteiras, com a possibilidade de levarem esta peça ao festival de Maputo. Para já, no entanto, outro já está marcado, para os próximos dias 25 e 26 de fevereiro na livraria Ler Devagar, no Lx Factory, em Lisboa.