1. G7 concordam em cortar o financiamento internacional para carvão

Planeta A

Uma volta ao mundo centrada nos temas que marcam.

Todas as semanas, selecionamos os principais trabalhos associados à rede Covering Climate Now, que o SAPO24 integra desde 2019, e que une centenas de órgãos de comunicação social comprometidos em trazer mais e melhor jornalismo sobre aquele que se configura como um tema determinante não apenas no presente, mas para o futuro de todos nós: as alterações climáticas ou, colocando de outra forma, a emergência climática.

As sete maiores economias industrializadas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) concordaram em cortar o financiamento internacional de projetos de carvão que emitem carbono, até ao final do ano.

Assim, a China passará a ser a principal e maior fonte de financiamento de projetos do género.

Parar o financiamento de combustíveis fósseis é visto como um grande passo que o mundo pode dar para limitar o aumento das temperaturas globais a 1.5º Celsius, valor que os cientistas dizem evitar os impactos mais devastadores da mudança climática.

Para ler na íntegra na Reuters

2. Testes para capturar o dióxido de carbono do ar começam no Reino Unido

Há uma nova experiência que irá testar o uso de árvores, turfa, fragmentos de rocha e carvão vegetal como forma de remover o dióxido de carbono da atmosfera. A fase inicial já está em vigor em vários locais do Reino Unido.

De acordo com cientistas, o fracasso anterior em reduzir rapidamente as emissões significa que é preciso remover parte do CO2 da atmosfera para chegar à neutralidade carbónica até 2050 — e deter a crise climática. 

O projeto de quase 35 milhões de euros (aproximadamente £30 milhões ao câmbio atual) financiados pela UK Research and Innovation testará maneiras de o fazer de forma eficaz e acessível em mais de 100 hectares de terra, tornando-o um dos maiores testes do mundo.

Para ler na íntegra no The Guardian

3. Tribunal ordena que a Shell reduza as emissões de carbono em 45% até 2030

Trata-se de um caso histórico apresentado pela Friends of the Earth e mais de 17 mil assinantes. Um tribunal de Haia, nos Países Baixos, ordenou que a Royal Dutch Shell corte as suas emissões globais de carbono em 45% até o final de 2030 (em comparação com os níveis de 2019). 

A política de sustentabilidade da empresa petrolífera foi considerada insuficientemente "concreta" pelo tribunal holandês numa decisão sem precedentes que terá amplas implicações para a indústria de energia e outras multinacionais poluentes.

A empresa anglo-holandesa foi informada de que tinha o dever de cuidar do planeta e que o nível de redução de emissões da Shell e dos seus fornecedores e compradores devia de estar alinhado com o acordo climático de Paris.

Para ler na íntegra em The Guardian

créditos: Lusa

4. A temporada de incêndios no oeste americano começou muito mais seca do que o recorde de 2020

A temporada de incêndios de 2020 do oeste americano estabeleceu novos recordes. No início de 2021 a tendência não abrandou e levantam-se várias preocupações para o verão. 

O solo no oeste está mais seco do que o registado em anos anteriores para esta época do ano. Em grande parte da região as plantas que alimentam incêndios também estão mais secas do que nunca.

"É como ter gasolina lá fora", disse Brian Steinhardt, responsável local pelas florestas nacionais de Prescott e Coconino no Arizona.

"Isto significa que há uma maior probabilidade de haver muitos incêndios florestais este ano", disse Park Williams, um cientista climático da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), que calculou que o solo na metade oeste do país está no seu pico de seca desde 1895. 

Para ler na íntegra em AP

Empregos para o Clima
créditos: Empregos para o Clima

Por cá: Campanha "Empregos para o Clima" propõe criação de um Serviço Nacional do Clima

A campanha “Empregos para o Clima” sugere a criação de um Serviço Nacional do Clima, que assegure todo o trabalho necessário à transição para um planeta habitável, segundo um relatório que hoje foi divulgado pela organização.

Afirmando que é possível cortar as emissões de gases com efeito de estufa em 85% até 2030 e ao mesmo tempo criar 200 mil empregos, o relatório defende que na mesma lógica de haver um Serviço Nacional de Saúde, que existe para assegurar o trabalho necessário e acesso público à saúde, devia ser criado um Serviço Nacional do Clima.

A campanha “Empregos para o Clima” foi lançada em Portugal em 2016 e exige a criação massiva de novos empregos no setor público, em setores como a energia, transportes, floresta ou construção. Junta nomeadamente organizações ligadas ao ambiente e sindicatos.

Na terceira edição do relatório da campanha, que foi hoje divulgado em conferência de imprensa e que é apresentado formalmente no sábado no Largo do Carmo em Lisboa, afirma-se que o mundo tem até 10 anos para mudar o curso da civilização e “iniciar uma transição energética profunda”, e que deve criar empregos públicos para cortar emissões de gases e combater o aquecimento global.

E devem ser empregos dignos e públicos na mesma lógica do Serviço Nacional de Saúde, porque é necessário, dizem os promotores, garantir que as pessoas não perdem acesso a recursos básicos e haver uma coordenação cuidadosa para garantir que ninguém perde o emprego. E as empresas, acrescentam, movem-se pelo lucro e não pela justiça social.

Nas contas do documento a transição energética e os empregos custarão entre seis e nove mil milhões de euros por ano, garantidos por fundos europeus, combate eficaz à evasão fiscal, redução gradual dos subsídios a setores poluentes, criação de um novo escalão de IRS para rendimentos mais elevados e um imposto sobre heranças, entre outras fontes.

E serão necessárias 10 medidas “de emergência”, que cortarão emissões e criarão empregos, como a requalificação para a transição, energia pública renovável, mais ferrovia, rodoviária elétrica nacional, mobilidade urbana ferroviária, ou autonomia energética nos edifícios públicos.

Na visão dos promotores, a indústria energética seria o setor que criaria mais empregos (no mínimo 60.000), como no fabrico, transporte e instalação de componentes para energias renováveis, além das áreas de manutenção e transformação.

Os transportes também seriam responsáveis por 60.000 postos de trabalho, na construção e manutenção da ferrovia, no fabrico e manutenção de componentes e veículos, paragens e apeadeiros, ou abastecimento para carros elétricos.

E a requalificação de edifícios absorveria 35.000 postos de trabalho, entre outras propostas ligadas a setores como a indústria ou a floresta, a agricultura ou os resíduos, que ao todo criariam pelo menos 200 mil empregos.

Via agência Lusa 

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