Na decisão do júri, tomada por unanimidade, foi destacada a importância de a autora “desenhar [nesta obra] a solidão das personagens de forma magistral, numa contenção poética em que se estabelece o equilíbrio entre a esperança e o desespero”.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o júri assinala também que a escritora, “através de um ‘pathos’ irónico e trabalho aturado da linguagem, resiste sempre ao óbvio e domina a narrativa do princípio ao fim”.
O galardão, no valor de 10 mil euros, foi instituído em 2014 pela Fundação Eça de Queiroz, em colaboração com a Câmara Municipal de Baião, para “promover e incentivar a produção de obras literárias em língua portuguesa e homenagear Eça de Queiroz”.
Este ano, entre os finalistas daquele prémio literário, encontravam-se David Machado, Hugo Mezena, Kalaf Epalanga e Maria Isaac.
O júri da edição de 2019 foi constituído por Bruno Vieira Amaral, Isabel Lucas, Luísa Mellid-Franco, Manuel Pereira Cardoso e Maria Helena Santana.
Em 2017, ano em que passou a bienal, o júri do prémio decidiu não atribuir a distinção, enquanto em 2016 foi premiada Filomena Antunes Sobral com “As atualizações dos romances de Eça de Queiroz para o pequeno ecrã”.
A partir desta edição, revela a organização, o galardão passa a “distinguir bienalmente uma obra ficcional (romance ou novela) escrita em língua portuguesa e publicada em Portugal por autor nacional com idade não superior a 40 anos à data da publicação”.
A entrega do prémio está marcada para 14 de setembro, na sede da Fundação Eça de Queiroz, em Tormes, no concelho de Baião, no interior do distrito do Porto.
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