Segundo o Município de Estremoz, este esqueleto, um dos 115 encontrados numa escavação arqueológica no Rossio Marquês de Pombal, num cemitério datado entre os séculos XII e XV, já tinha sido notícia no início do ano, por nele ter sido identificado um fungo característico das regiões tropicais.

Este mês, foi a vez de a revista norte-americana Forbes ter colocado o esqueleto descoberto na cidade alentejana no 10.º lugar da lista dos esqueletos mais intrigantes de 2016.

O artigo, continuou a autarquia alentejana, refere que o “Mycetoma ou pé de Madura é uma doença fúngica sobejamente conhecida historicamente e que afeta os trabalhadores agrícolas de áreas subtropicais do mundo”, mas “quase nunca é identificado em esqueletos antigos”.

“No passado, antes da aplicação de bons antifúngicos e antibióticos, o Mycetoma seria de cura quase impossível, a não ser que fosse praticada a amputação do membro”, acrescentou a Forbes.

Para a revista, destacou ainda o município, o que é “ainda mais interessante neste esqueleto é o facto de estar perfurado na cabeça, como que tivesse sido praticada uma forma inicial de cirurgia craniana”.

A publicação lançou ainda uma dúvida, cuja resposta não é clara, segundo a câmara alentejana: “A questão do pé poderia estar relacionada com a cirurgia do crânio?”.

No artigo publicado na revista norte-americana, o 1.º lugar da lista é ocupado pelo esqueleto sem cabeça de um antigo gladiador romano, descoberto em Inglaterra, seguindo-se ossadas encontradas em outros países, nomeadamente no Canadá ou em Itália.