"As noites dos livros censurados pretendem celebrar os livros como resistência e o papel que a literatura tem desempenhado no desafio aos regimes, ao longo de séculos. Na semana das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, queremos lembrar autores que foram e continuam a ser censurados ou banidos", refere o comunicado do Plano Nacional de Leitura (PNL).

"Queremos trazer a celebração da leitura para cenários informais, para lembrarmos que os livros não são para ser venerados, nem fechados em armários que os tornaram objetos de exposição", é ainda frisado.

Segundo o PNL, "os livros fizeram parte da revolução, fazem parte das nossas vidas como sociedade e do nosso
crescimento". Nesse sentido, recusa-se "a censura na literatura, em qualquer forma ou sob pretexto algum" e fica o desafio "a bares, centros culturais, associações, livrarias, bibliotecas, institutos, teatros e outros, que queiram organizar a(s) sua(s) noites de livros censurados".

"Disponibilizamos um formulário para inscrição das entidades interessadas e oferecemos uma pequena coleção de livros aos primeiros 50 inscritos. Disponibilizaremos no nosso portal um kit para apoiar a organização, com listas de livros censurados, sugestões de organização e cartaz", é explicado.

"Queremos ler alto, a várias vozes, com holofotes ou lua nova, as palavras em liberdade! Queremos celebrar os livros que não deixamos arder, os livros que escondemos, os livros que passamos clandestinamente e que continuamos a ler. Festejamos meio século da revolução de abril com um convite: juntemo-nos nas Noites dos Livros Censurados", conclui o comunicado.