De acordo com o jornal chinês Global Times, propriedade do Partido Comunista Chinês, a Hunan TV, um dos canais mais populares da China e que tem os direitos de transmissão do concurso naquele país, além de não ter emitido as atuações da Albânia e da Irlanda, censurou bandeiras LGBT, agitadas por pessoas que assistam ao vivo ao espetáculo, na Altice Arena, no Parque das Nações.
Segundo a mesma fonte, numa notícia publicada no ‘site’ do jornal, a canção albanesa terá sido retirada da transmissão porque o cantor, Eugent Bushpepa, “tem tatuagens”, e a da Irlanda, por se tratar de um tema que “descreve uma relação homossexual”.
Em janeiro, lembra o jornal, a entidade reguladora chinesa dos media proibiu a transmissão de tatuagens e outros elementos de subculturas, medida que gerou bastante controvérsia.
Segundo o Global Times, em abril, um festival de música daquele país “proibiu os artistas de mostrarem as tatuagens em palco, depois de os jogadores da seleção nacional de futebol terem coberto as tatuagens nos jogos que disputaram em março”.
Tanto a canção da Albânia, “Mall”, como a da Irlanda, “Together”, interpretada por Ryan O’Shaughnessy, passaram à final do concurso, o que significa que voltarão a ser interpretadas no palco da Altice Arena no sábado.
A Hunan TV adquiriu este ano, pelo quarto ano consecutivo, os direitos de transmissão do Festival Eurovisão da Canção, e transmite as semifinais e a final 'online', através da Mango TV.
A 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção realiza-se em Lisboa, pela primeira vez. Portugal acolhe o concurso por ter sido o vencedor na edição do ano passado, com a canção “Amar pelos dois”, interpretada por Salvador Sobral.
Na final do concurso competem 26 canções. Seis têm entrada direta – a de Portugal, por ser o país anfitrião, e as dos países do chamado grupo dos ‘Big5’ (Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália e França) -, dez foram apuradas na primeira semifinal, e as restantes dez são escolhidas hoje, durante a segunda semifinal.
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