Portugal, que concorre com a canção “O Jardim”, interpretada por Cláudia Pascoal e composta por Isaura, ocupava hoje o 22.º lugar na lista de preferências dos apostadores, na qual se mantém em primeiro lugar, desde 11 de março, o tema de Israel, “Toy”, interpretado por Netta.
A canção que representa Portugal no concurso, um ano depois de o país se ter sagrado vencedor pela primeira vez, com Salvador Sobral e “Amar pelos dois”, foi escolhida a 4 de março, na final do Festival da Canção. No dia 05, a música ocupava o 21.º lugar na lista de preferências dos apostadores, tendo a 22 de março atingido o 16.º lugar. Ao longo o mês de abril, “O Jardim” foi oscilando entre o 17.º e o 19.º lugar, tendo em maio baixado para o 22.º.
No entanto, quando no ‘site’ eurovisionworld.com é perguntado aos internautas quem irá vencer o festival, Portugal surge em terceiro lugar: até hoje 18% escolhem Israel, 09% a Grécia e 06% Portugal.
A 63.ª edição do concurso é disputada por 43 países, chegando apenas 26 à final, marcada para sábado na Altice Arena, no Parque das Nações.
Portugal, por ser o país anfitrião tem entrada direta para a final, não tendo de competir nas semifinais, que decorrem na terça e na quinta-feira, também na Altice Arena.
Além de Portugal, outros cinco países têm entrada direta na final, os chamados ‘Big 5’ - Alemanha, Reino Unido, França, Espanha e Itália -, os países que contribuem com mais verbas para a European Broadcasting Union (EBU, na sigla em inglês), que organiza o concurso.
Até Salvador Sobral ter vencido o concurso no ano passado, em Kiev, Portugal nunca tinha passado de um sexto lugar.
Portugal participou a primeira vez em 1964, tendo falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).
Das 49 canções portuguesas que concorreram ao Festival da Eurovisão, dez ficaram nos dez primeiros lugares.
A primeira vez foi em 1971, com a música “Menina do alto da serra”, interpretada por Tonicha, a conseguir alcançar um 9.º lugar. Nos dois anos seguintes, Portugal manteve-se nos dez primeiros lugares com “A festa da vida” (7.º lugar), interpretada por Carlos Mendes, e “Tourada” (10.º), cantada por Fernando Tordo.
Ainda na década de 1970, Portugal conseguiu um 9.º lugar com “Sobe, sobe, balão sobe”, interpretada por Manuela Bravo, em 1979. Um ano depois, já nos anos 1980, José Cid conseguia alcançar o 7.º lugar do pódio, com “Um grande, grande amor”.
Na década de 1990, além do 6.º lugar de Lúcia Moniz, Portugal ocupou três vezes lugares no ‘top tem’: em 1991, com Dulce Pontes e “Lusitana Paixão” (8.º lugar), em 1993, com Anabela e “A cidade (até ser dia)” (10.º), e, em 1994, com Sara Tavares e “Chamar a música” (8.º).
Entre as piores classificações portuguesas de sempre no Festival Eurovisão da Canção estão três últimos lugares: António Calvário com “Oração”, que obteve zero pontos, em 1964, Paulo de Carvalho com “E depois do adeus”, com três pontos, em 1974, e Célia Lawson com “Antes do adeus”, com zero pontos, em 1997.
Ao longo dos anos, as músicas que representaram Portugal foram em larga maioria cantadas em português, com exceção de três anos: 2005, 2006 e 2007.
Em 2005, Portugal concorreu pela primeira vez com uma música cantada parcialmente em inglês. Em “Coisas de nada (gonna make you dance)”, interpretada pela ‘girlsband’ Nonstop, o refrão era em inglês.
No ano seguinte os 2B (Rui Drumond e Luciana Abreu) levaram ao festival “Amar”, uma música cantada maioritariamente em inglês. Já a música que representou Portugal no concurso em 2007, “Amar”, de Sabrina, tinha uma letra maioritariamente em português, mas com algumas frases em francês, espanhol e inglês.
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