Na exposição, designada por “Folhas de Poesia – nos 90 anos de Fernando Echevarría”, vão estar patentes “exemplares da principal bibliografia ativa e passiva” do poeta Fernando Echevarría, bem como “revistas literárias dos anos de 1950 e 1960″ e “referências a prémios e homenagens ao autor”, entre os quais a atribuição da Medalha de Ouro da Cidade do Porto, entregue em 2008, lê-se no comunicado de imprensa da Câmara do Porto.
No mesmo dia da inauguração da exposição, cuja cerimónia está marcada para as 10:30, o poeta Fernando Echevarría vai receber, da ministra da Cultura, Graça Fonseca, a Medalha de Mérito Cultural, em “reconhecimento do inestimável trabalho difundindo a Língua e a Cultura portuguesas”.
Na exposição vão ser apresentados manuscritos do acervo da Biblioteca Pública Municipal do Porto, bem como o primeiro livro de poemas, “Entre Dois Anjos” (1956), e o mais recente, “Via Analítica” (2018), destaca a Câmara do Porto.
O visitante vai poder requisitar alguns dos livros de poemas de Fernando Echevarría que a Câmara do Porto tem à disposição nas suas bibliotecas.
Fernando Echevarría nasceu em Cabezón de la Sal, na província espanhola de Santander, na Cantábria, e veio para Portugal em 1953, depois de cursar Humanidades, Filosofia e Teologia, em Espanha.
A partir de 1961, por razões políticas, esteve exilado em Argel (Argélia) e Paris (França), onde fixou residência, em 1966.
Fernando Echevarría recebeu vários prémios ao longo da vida, como o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1981, 1991 e 2009), o Grande Prémio de Poesia do P.E.N Clube Português (1982 e 1999), o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava e o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, entre outros.
Em 2007, o então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, condecorou-o com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Echevarría colaborou com várias revistas nacionais e brasileiras, designadamente, Anto, Graal, Eros, Nova Renascença, Cavalo Azul, Colóquio/Letras, A Phala — Um Século de Poesia (1888-1988), Hífen e Limiar.
A sua poesia está traduzida em francês, castelhano, italiano, inglês, romeno e esloveno, estando representada em diversas antologias portuguesas e estrangeiras, entre entre as quais “Antologia — Prémio Almeida Garrett de 1954″ (1957), “Alma Minha Gentil — Antologia de Amor Portuguesa” (1957) e “Nas Mãos de Deus — Antologia da Poesia Religiosa Portuguesa” (1978), estas duas últimas organizadas por José Régio e Alberto Serpa.
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