A decisão foi adotada na 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorre na Ilha Jeju, na Coreia do Sul, até sábado.
Dois milhões de pessoas assinaram a petição mundial para apoiar a candidatura desta arte praticada atualmente em Nápoles por quase 3.000 'pizzaiolos' e que, segundo os promotores da iniciativa, "desempenha um papel essencial na vida social e na transmissão entre gerações".
O presidente da associação de pizzaiolos napolitanos, Sergio Miccù, havia prometido comemorar a eventual entrada da sua arte na lista de património imaterial com a distribuição de pizzas nas ruas.
Além do espetacular manejo da massa, esta é uma habilidade culinária que associa canções, sorrisos, técnica, espetáculo, tendo sido iniciada no século XVI, salienta a candidatura italiana.
"Vitória!", escreveu no Twitter Maurizio Martina, ministro italiano da Agricultura. "Identidade enogastronómica italiana cada vez mais defendida no mundo", completou.
"Longa vida à arte do pizzaiolo napolitano!", escreveu no Twitter Pecoraro Scano, que já foi ministro da Agricultura.
A lista de património imaterial, criada em 2003, contava antes da reunião deste ano com mais 365 tradições ou expressões vivas, entre elas o flamenco espanhol, a cerveja belga, a filosofia milenar da ioga, entre outras.
Destaque nesta edição para o reconhecimento da produção dos "Bonecos de Estremoz", em barro, uma arte popular alentejana com mais de três séculos, como Património Imaterial da Humanidade.
Na área de Património Cultural e Imaterial da Humanidade estavam a concorrer inicialmente 49 candidaturas, das quais 35 foram aprovadas, tendo no final recolhido parecer negativo 11.
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