De acordo com a organização, num comunicado hoje divulgado, “a edição 2020 do festival passa por quatro cidades portuguesas: Lisboa (08 a 21 de outubro), Porto (29 out a 4 de novembro), Coimbra (21 a 24 de outubro) e Almada (14 a 18 de outubro)” e “volta a levar às salas algumas das mais interessantes novidades da cinematografia de França, assim como obras incontornáveis da história do cinema mundial”.

“O grande destaque deste ano será feito na obra da atriz, realizadora e ativista Delphine Seyrig, em coprogramação com a Cinemateca Portuguesa, e, a par da programação em sala, a 21.ª edição da Festa do Cinema Francês contará com uma extensão ‘online’, exibindo alguns dos filmes selecionados em plataforma VoD [‘Video on Demand’]”, refere a organização.

A retrospetiva dedicada a Delphine Seyrig “percorre o curso essencial da sua carreira como atriz e cineasta, incluindo o filme realizado com Carole Roussopoulos e Ioana Wieder, ‘Les trois portugaises’, sobre Isabel Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa”.

A organização recorda que a atriz, realizadora e ativista “conquistou o apreço de público e crítica de especialidade pela forma cerebral com que atacava as suas performances em palco e no ecrã, a sua defesa incontestável dos direitos das mulheres e as colaborações ousadas com cineastas independentes em produções que, hoje, são colocadas no patamar de clássicos”.

Delphine Seyrig, que nasceu em Beirute em 1932 e morreu em Paris em 1990, iniciou a carreira de atriz na década de 1950 em séries de televisão, mas foi nos anos 1960 que se tornou uma das “musas da nouvelle vague” ao trabalhar com realizadores como Luis Buñuel (“O discreto charme da burguesia”), François Truffaut (“Beijos roubados”) e Alain Resnais (em “O último ano em Marienbad” ou “Muriel ou tempo de um regresso”).

A organização do festival lembra que “a vida e obra de Seyrig é indissociável do seu ativismo político e dos filmes que daí resultaram”.

“Em nome próprio, realizou inúmeras obras que são o testemunho para uma geração de mulheres que se movia, no terreno, na luta pela igualdade de género. Seja na reinterpretação do Manifesto S.C.U.M. de Valerie Solanas (‘S.C.U.M. Manifesto1967′) ou ‘Maso et miso vont en bateau’ – onde ataca um programa francês que criticou o ano da mulher em França – o seu trabalho como realizadora é intransigentemente radical e, por isso mesmo, uma voz vital e visionária na cultura da época”, refere a organização.

A programação completa da 21.ª Festa do Cinema Francês será anunciada “nas próximas semanas”.

A Festa do Cinema Francês é organizada pela produtora Jangada, com o apoio da Embaixada de França e do Institut français du Portugal, em parceria com a rede das Alliances Françaises em Portugal

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